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Estado de Minas

Guiatel lança lista de telefones residenciais e comerciais de Minas na web


postado em 12/08/2011 10:43

(foto: Reprodução www.guiatel.com.br)
(foto: Reprodução www.guiatel.com.br)

Maior editor de lista de telefones residenciais e comerciais de Minas Gerais, o Guiatel, fundado há 47 anos, se rendeu ao avanço da tecnologia e lançou, nessa quinta-feira, a versão on-line do serviço. O novo nicho de negócios demandou investimento de R$ 200 mil e reforça a importância do mercado sustentado pela explosão do número de internautas no país – estudo Ibope/Nielsen mostrou que o universo de pessoas com acesso à rede mundial de computadores (domicílio, trabalho, escola, lan houses etc.) subiu 9,6% apenas entre o quarto trimestre de 2009 e o mesmo período de 2010, de 67,5 milhões de usuários para 73,9 milhões.

O arquivo on-line do Guiatel reúne mais de 500 mil dados. Uma das vantagens, quando comparado com as tradicionais listas impressas, é a possibilidade de atualização diária das informações. Apesar disso, conforme assegura a empresa, o novo serviço não vai pôr fim à impressão das tradicionais listas de papel, que chegam gratuitamente às casas dos assinantes. Até porque, explica a firma, pesquisa interna revelou que o antigo produto ainda é bastante consultado pelos moradores das dezenas de cidades em que o Guiatel opera.

“A (nova) versão mostra que estamos preparados para as mudanças tecnológicas e comportamentais do ser humano, sem deixar de lado a tradição”, propagandeou Wilson Melo Lima, diretor do Guiatel. Logicamente que não é só isso: a lista de papel ainda garante bons lucros com publicidade à empresa. A próxima edição trará na capa parte do acervo do Museu de Artes e Ofícios, na Praça da Estação, em Belo Horizonte. A versão on-line, que pode ser consultada no www.guiatel.com.br, traz algumas capas de listas já impressas pela empresa.

O produto também oferece serviços aos usuários, como o passo a passo para fazer ligações interurbanas e internacionais. E, claro, ainda busca convencer empresários a anunciar na página. Em Minas, apenas a Guiatel e a Minascomunicação, que já têm sua versão on-line, são filiadas à Associação Brasileira de Listas Telefônicas (ABLT). Procurada pela reportagem para comentar a importância do serviço pela internet, esta última preferiu só se pronunciar daqui a 10 dias.

No celular
Outras empresas especializadas em divulgar telefones residenciais e comerciais também estão atentas aos rápidos avanços da tecnologia. O Telelistas, criado em 1994 e com atuação em todo o país, lançará, em breve, a versão para telefones celulares que operam com o sistema operacional Android. A firma, dona do domínio www.telelistas.net e que cobre cerca de 30 milhões de telefones nos 26 estados e no Distrito Federal, já incorporou, assim como o Guiatel, sua marca às redes sociais, como Twitter, Facebook e Orkut.

As redes sociais também servem, indiretamente, como forma de propagandear o produto. E no Brasil, onde o número de imóveis com acesso à rede mundial não para de crescer, as redes sociais ajudam a fixar os endereços eletrônicos. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que, de 2004 a 2009, o percentual de domicílios com computadores passou de 12,2% para 27,4%. Outra informação que chama a atenção das empresas que exploram o filão: os brasileiros navegam, em média, 46 horas por mês na internet, ocupando a liderança mundial nesse quesito.

Enquanto isso, organizados por apelidos
A lista telefônica mais curiosa de Minas Gerais está em Cláudio, no Centro-Oeste, a 130 quilômetros de Belo Horizonte. Lá, os moradores consultam os telefones procurando o assinante pelo apelido. O nome da lista não podia ser outro: Apelista. A ideia de criá-la foi da jornalista Érica Zanetti, a Marcha Lenta, e de outros amigos: “São mais de 1 mil apelidos. A primeira edição é de 2000”. Daqui a um ou dois anos, revela, a tendência é colocar a Apelista também na internet, onde os números do Dez Conto, do Capado, do Tumate e de outros assinantes em Cláudio poderão ser consultados.

Memória
A história das listas telefônicas brasileiras é tão antiga quanto o próprio telefone. Em janeiro de 1881, na última década do Brasil império, a instalação da Telephone Company of Brazil, no Rio de Janeiro, inicia a história do setor no país. Naquela mesma época, surge a primeira lista com os números dos assinantes. O exemplar original está na Biblioteca Nacional. Dois anos depois, quando foi inaugurada a primeira linha interurbana (Rio a Petrópolis), a capital fluminense já contava com 5 mil assinantes. Por décadas, o telefone foi um bom investimento financeiro em todo o Brasil. E as listas acessórios indispensáveis aos usuários. Os grossos livros, de tão importantes, ficavam, geralmente, ao lado dos aparelhos e eram entregues pelas empresas no início de cada ano. A privatização do sistema Telebrás, em 1998, facilitou a aquisição de linhas em todo o país. Anos depois, o surgimento da internet e da massificação dos aparelhos celulares reduziu, na prática, a consulta aos livrões. Mas eles mantêm o charme e as capas criativas. Na sede da Guiatel, na Vila Oeste, próximo ao metrô da Gameleira, a empresa oferece aos olhares dos visitantes uma sala com várias capas das listas impressas.

 


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