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Estado de Minas

Profissional e pessoal


postado em 21/07/2011 11:33

O advogado Alexandre Atheniense, especialista em direito eletrônico, observa que as pessoas não se dão conta de que quando extravasam qualquer tipo de informação nas redes sociais tornam público aquilo que deveria estar restrito à esfera pessoal. “Elas não se lembram que podem estar sendo monitoradas por suas empresas”, alerta. Segundo ele, pela legislação brasileira, a empresa tem poder para supervisionar todos os dados dentro de sua infraestrutura, até mesmo chats entre funcionários. Por isso, é sempre uma boa recomendação estabelecer uma política da segurança da informação, a fim de esclarecer as normas aos empregados.

Fora do ambiente profissional, se o indivíduo difamar a honra da empresa, pode enfrentar um processo judicial, correndo o risco de perder sua vaga. “Já tive que propor ações a favor de empresas para retirar blogs e perfis de funcionários em redes sociais por conteúdo calunioso. A única coisa que o direito proíbe, para justificar demissões, é a interceptação de informação da esfera pessoal do empregado, como uma troca de e-mails em que, por exemplo, a pessoa informa que tem uma doença grave”, esclarece.

Uma dica do advogado é monitorar a si próprio diariamente. A ferramenta Google Alert (www.google.com.br/alerts/) é excelente para isso. O internauta pode pôr o termo ou palavra em destaque (como o seu nome) e tudo que escreverem sobre ele será notificado por e-mail. Se por um lado podem ajudar, por outro as redes sociais representam um perigo potencial para aqueles que ainda sonham com o emprego ideal. Segundo pesquisa publicada em maio pela empresa de recrutamento Robert Half, 44% dos responsáveis pela área de recursos humanos desclassificariam um candidato por causa de informações negativas ou fotos inadequadas no Facebook, Twitter e Orkut.

Choque de valores Luiz
Edmundo Rosa, de 61 anos, diretor nacional de Educação da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), conta que há dois anos a entidade discute como as empresas devem proceder em relação às redes sociais e seu funcionários. Gradativamente, as corporações permitiram o uso dessas ferramentas em suas infraestruturas, mas pensando em preservar a segurança das informações profissionais. Fora do ambiente profissional, para ele, é preciso seguir os preceitos do empregador. “O conflito entre o posicionamento pessoal e o da empresa fica mais evidente nas redes sociais. Se o nome da entidade for comprometido, pode, sim, gerar demissão”, explica.

Para ele, o que está em discussão não é o meio, mas sim o choque de valores. A partir do momento que o nome da pessoa está fortemente ligado à empresa, ele pode comprometer o nome da organização, dependendo de sua conduta real e também virtual. A diferença é que “quando o funcionário posta algo em uma rede social, a multiplicação do dado é imprevisível”, justifica.

Entre as ferramentas que têm sido muito utilizadas pelos recrutadores, ele cita o LinkedIn, que “facilita às pessoas melhorarem sua visibilidade e ajuda as empresas a encontrar o candidato com melhor perfil.” A rede social, que é própria para conectar profissionais, tem hoje 3 milhões de usuários brasileiros cadastrados.

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