Uma dica do advogado é monitorar a si próprio diariamente. A ferramenta Google Alert (www.google.com.br/alerts/) é excelente para isso. O internauta pode pôr o termo ou palavra em destaque (como o seu nome) e tudo que escreverem sobre ele será notificado por e-mail. Se por um lado podem ajudar, por outro as redes sociais representam um perigo potencial para aqueles que ainda sonham com o emprego ideal. Segundo pesquisa publicada em maio pela empresa de recrutamento Robert Half, 44% dos responsáveis pela área de recursos humanos desclassificariam um candidato por causa de informações negativas ou fotos inadequadas no Facebook, Twitter e Orkut.
Choque de valores Luiz
Edmundo Rosa, de 61 anos, diretor nacional de Educação da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), conta que há dois anos a entidade discute como as empresas devem proceder em relação às redes sociais e seu funcionários. Gradativamente, as corporações permitiram o uso dessas ferramentas em suas infraestruturas, mas pensando em preservar a segurança das informações profissionais. Fora do ambiente profissional, para ele, é preciso seguir os preceitos do empregador. “O conflito entre o posicionamento pessoal e o da empresa fica mais evidente nas redes sociais. Se o nome da entidade for comprometido, pode, sim, gerar demissão”, explica.
Para ele, o que está em discussão não é o meio, mas sim o choque de valores. A partir do momento que o nome da pessoa está fortemente ligado à empresa, ele pode comprometer o nome da organização, dependendo de sua conduta real e também virtual. A diferença é que “quando o funcionário posta algo em uma rede social, a multiplicação do dado é imprevisível”, justifica.
Entre as ferramentas que têm sido muito utilizadas pelos recrutadores, ele cita o LinkedIn, que “facilita às pessoas melhorarem sua visibilidade e ajuda as empresas a encontrar o candidato com melhor perfil.” A rede social, que é própria para conectar profissionais, tem hoje 3 milhões de usuários brasileiros cadastrados.