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Estado de Minas

Contato direto com o mundo


postado em 30/06/2011 10:05

No Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graacc), instituição sem fins lucrativos, em São Paulo, o tablet tem revolucionado a reabilitação de pacientes. "Ganhamos dois iPads e, desde janeiro, desenvolvemos um trabalho com as crianças. O câncer é uma doença muito difícil e o tratamento é de alto risco, o que pode levar a uma série de sequelas. O tablet nas mãos de crianças com problemas motores, de fala e de visão, proporciona uma interação fantástica. Um game de carrinho, por exemplo, no qual o paciente tenha que mantê-lo na estrada, trabalha a atenção e o equilíbrio. Por meio de uma atividade lúdica, ele nem percebe que está fazendo exercícios", explica Walkyria Santos, responsável pela área de terapia ocupacional do Graacc.

A reação das crianças ao manusear o tablet também é emocionante. "Parece que eles já têm muita vivência com aquilo. Há uma alegria estampada no rosto deles de poder entrar em contato com o nosso mundo. Entre 25% e 30% das crianças com câncer no Brasil podem vir a óbito. Elas têm o direito de se comunicar e se divertir. O tablet é uma ferramenta fantástica. Dependendo do estado de saúde, o paciente pode perder a fala, mas ainda tem a possibilidade de jogar ou de apertar uma tecla e dizer se está com fome ou calor", explica Walkyria.

O Graacc quer conseguir, até o fim do ano, pelo menos 15 iPads para atender todas as crianças. Com os tablets, os hospitais também encontram uma nova forma de gestão e controle dos pacientes. Um dos primeiros a equipar os médicos com pranchetas digitais foi o Mayanei Hayeshua Medical Center, em Israel. Com o aplicativo feito para o local, os doutores podem conferir o prontuário dos pacientes, os resultados de exames e raios x em alta resolução. "Como chefe do departamento, mesmo trabalhando até tarde em casa, posso dar direcionamento à equipe de plantão durante operações, utilizando meu iPad. Isso pode ajudar a aumentar a eficiência em procedimentos cirúrgicos", explica, em nota, Nir Cohen, diretor do Departamento de Cirurgia Ortopédica.

No Brasil, o pioneiro no uso das pranchetas eletrônicas foi o Hospital Santa Paula, em São Paulo. Em uma das reuniões de análise das atividades, discutiu-se que algumas informações deveriam ser dadas em tempo real, como a situação do centro cirúrgico, o agendamento, a evolução das cirurgias. "Desenvolvemos a aplicação primeiro com foco nos gestores para que eles pudessem controlar essas situações", explica Alexandre Dias, gerente de Tecnologia da Informação e Comunicação do local.

Expansão
O hospital Santa Paula conta com 10 iPads, que ficam com os chefes de equipe e a diretoria. É possível acessar as informações da ocupação dos leitos, de quantos estão internados em cada andar, qual a situação deles, quanto tempo de internação e também a informação financeira. "O projeto para o segundo semestre é que o médico possa consultar todo o histórico do paciente. O tablet proporciona uma tomada de decisões mais efetivas e otimiza os resultados em todas as áreas do hospital", ressalta Dias.

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