(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas

Médicos detetives desvendam mistérios da medicina e salvam vida de pacientes


postado em 29/05/2011 10:00 / atualizado em 29/05/2011 10:02

A água benta da capela de um grande hospital de Belo Horizonte, uma mordida num sanduíche de atum no café próximo ao Aeroporto JF Kennedy durante a lua de mel, uma ferida que não cicatrizava por mais de 25 anos e uma mulher que passou toda a sua vida atrás do diagnóstico e do tratamento de sangue nas fezes. Um pequeno tumor benigno, do tamanho de um botão de camisa, localizado em um dos rins e produtor de renina, que elevava às alturas a pressão arterial de uma paciente. Esses são apenas alguns casos elucidados pelos médicos, que no seu dia a dia fazem um verdadeiro trabalho de investigação.

Como em uma trama de suspense, os médicos se veem, todos os dias, às voltas com diferentes desafios de diagnósticos, um para cada paciente, um verdadeiro quebra-cabeças que só o conhecimento, a experiência, a habilidade, a paciência e um pouco de sorte, entre outros atributos, podem apontar a solução.

Embora não se perceba, o caminho percorrido pelos médicos na busca do diagnóstico e do melhor tratamento para cada paciente se assemelha ao de um detetive à cata de pistas. São muitos os agentes agressores à espreita de um hospedeiro para causar doenças. Há milhares de bactérias, fungos, vírus, vermes, insetos, parasitas. São incontáveis os agentes físicos, químicos e biológicos. Também são infinitas as possibilidades de mutações genéticas, traumas, intoxicações, acidentes, alergias, reações autoimunes, entre tantas outras possibilidades de anormalidades na saúde humana.

Na trilha desse dilema está o recém-lançado livro O jantar fatal, da Editora Companhia das Letras, escrito pelo médico norte-americano Jonathan Edlow, professor associado de medicina da Universidade de Harvard e diretor do setor de emergência do Beth Israel Deaconess Medical Center, em Boston. O livro retrata 15 histórias de mistérios clínicos, situações que ocorreram em diferentes clínicas e hospitais que fugiram à rotina dos casos simples e que desafiaram a sagacidade de equipes médicas. Situações enigmáticas que exemplificam o drama dos médicos em descobrir, em meio a milhares de possibilidades, as causas e as melhores condutas para proteger a vida e impedir a morte iminente.

No ritmo das séries televisivas como House e ER, mas também com o tempero de suspense dos contos de Arthur Conan Doyle, protagonizados por Sherlock Holmes e Agatha Christie, como as imortalizadas pelo célebre inspetor Hercule Poirot, síndromes raras, diagnósticos esquecidos em antigos compêndios de medicina, assim como a ocorrência de novas doenças não anteriormente descritas em periódicos científicos, são temas do livro Jantar fatal. O título se baseia em uma das histórias, onde um jantar servido durante agradável reunião entre velhos amigos quase mata o anfitrião e alguns de seus convidados devido a uma intoxicação causada por uma bactéria incomum que se proliferou em alimentos malconservados.

O Bem Viver ouviu três desses médicos detetives que montam um quebra-cabeças para elucidar casos: Carlos Starling, que atua há 29 anos na área das doenças infecciosas e em epidemias e que já desvendou muitos mistérios médicos; Marcus Malachias Bolívar, cardiologista e professor-doutor da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais e Antônio Hilário Alves Freitas, coloproctologista e colonoscopista. Conhecê-los é perceber que no dia a dia de um médico cada paciente é um enigma, cada queixa uma incógnita, cada diagnóstico um desafio.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)