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Estado de Minas

Do enquadramento ao flash

Muito além de um simples apertar de botão, habilidade em fotografar exige conhecimento básico


postado em 25/12/2008 09:53 / atualizado em 08/01/2010 03:54

O médico Eduardo Naçur Silva se joga no chão, se for preciso, em busca do melhor ângulo. Mas confessa dificuldade em retratar cenas noturnas e interiores de museus(foto: Arquivo Pessoal)
O médico Eduardo Naçur Silva se joga no chão, se for preciso, em busca do melhor ângulo. Mas confessa dificuldade em retratar cenas noturnas e interiores de museus (foto: Arquivo Pessoal)

Com as câmeras fotográficas digitais e os celulares modernos qualquer um pode se achar um fotógrafo de revista. É aí que mora o perigo dos amadores sem noção de nada. Muita gente se esquece que basta ter um conhecimento mínimo necessário para as fotos saírem perfeitas. A habilidade em fotografar vai muito além de um simples apertar de um botão. Que o diga o médico Eduardo Naçur Silva, nosso personagem da capa, que sempre se vê às voltas com alguma dificuldade mas, nem por isso, deixa de tentar e fazer boas fotos. Nem que, para isso, tenha que se deitar no chão de vez em quando.

Quer um exemplo de desafio? O enquadramento. Tente fugir do clichê de colocar o assunto sempre no meio da foto. Deslocar o objeto principal da imagem pode fazer toda a diferença para deixá-la mais interessante. Divida mentalmente o visor da câmera em três colunas e três linhas, como em um jogo-da-velha. Algumas câmeras digitais já oferecem este recurso. As intersecções das linhas são os pontos mais interessantes da sua foto. As linhas em si também mostram pontos de destaque, para colocar os olhos de uma pessoa ou o horizonte, por exemplo.

Uma das coisas mais complicadas na fotografia é aprender a usar o flash de forma correta. Jogá-lo muito em cima do que se quer fotografar pode deixar a foto toda clara. E se o flash estiver muito longe, a foto fatalmente ficará escura. Lembre-se de que o flash tem um alcance limitado, normalmente de três a cinco metros, às vezes um pouco mais. Não adianta deixar o dispositivo ligado quando o foco é um objeto a 30m. Um bom exemplo de mau uso do flash é em shows, luzes de Natal ou na iluminação especial nos monumentos e prédios. Em linhas gerais, não é necessário luz extra alguma nesse caso. Nos shows, a luz do palco é mais do que suficiente para sua foto. Na luz de Natal então, usar flash só vai iluminar as cabeças de quem está na sua frente, fazendo sumir o resto.

Por outro lado, um ambiente escuro não é o único lugar onde o flash é um acessório necessário. Em uma foto contra-luz, por exemplo, o flash pode ser usado como preenchimento. Lembra-se aquela foto nas dunas de Genipabu, em Natal (RN), quando a areia estava tão reluzente que quase cegou? A turma toda lá, bebendo o dia todo, e você, quase um paparazzi, registrando tudo? Bem, se você não ligou o flash – hello!!! Não basta colocar no automático, tem que ligar mesmo. Neste caso o flash irá suprir a falta de luz, deixando sua galera visível.

Mas não há melhor dica do que esta: experimente. O segredo da fotografia está na tentativa e erro. Leia de cabo a rabo o manual da sua câmera para saber tudo de que ela é capaz, e tente todas as configurações possíveis. A fotografia é muito subjetiva, não há regras. O mais importante é aprender a dominar a luz e sua câmera, para depois fazer o que quiser.


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