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Estado de Minas

Disputa sem fim


postado em 18/12/2008 11:35 / atualizado em 08/01/2010 03:56

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Depois de quase dois anos disputando o mercado de games, os consoles da nova geração — a sétima — ainda brigam pela preferência dos jogadores e não se vislumbra um fim para essa batalha. O que antes era uma guerra, agora parece uma conciliação. Há espaço para todos os tipos de console e games e o grande beneficiado é o próprio jogador. Mesmo que os números mostrem que o Wii, da Nintendo, está na frente, o Xbox 360, da Microsoft, e o PlayStation 3, da Sony, têm um público cativo e a globalização da cultura do videogame só contribuiu para que haja espaço para todos.

A divisão na produção e comercialização, que já teve períodos de alternância entre os americanos e japoneses, hoje é igualitária. Atualmente o Japão responde, por exemplo, só por 30% desse mercado e empresas fora do eixo tradicional, como a francesa Ubisoft, têm cada vez mais relevância.

As armas de cada um dos consoles também apontam para lados diferentes. Com o joystick semelhante a um controle remoto de TV, o Wii atraiu um público bem diferente do habitual, que não pretende atravessar a alta curva de aprendizado dos controles normais. O Xbox 360 apelou para uma extensa biblioteca de jogos, que conseguiu atrair jogadores de outras plataformas, como o PC. Além disso, com a rede Live, trouxe a comunicação e diversão de jogar com amigos para dentro de casa. O PS3 apostou num hardware robusto, com leitor de Blu-Ray e processador avançado. Mesmo que os jogos não se beneficiem disto — alguns até rodam melhor no 360, — o PS 3 conta com jogos exclusivos que vendem muito, como Metal gear solid.

Nem mesmo a crise econômica parece ter alterado a ganância do público pelas novidades virtuais. Números divulgados no mês passado mostram que, em outubro , ocorreu um aumento de 18% nas vendas de games nos EUA. Já o mercado mundial movimentou US$ 22 bilhões no ano, segundo a empresa de pesquisa de mercado NPD. E as produtoras dos games gastam cada vez mais. O novo blockbuster do 360, Gears of war 2, por exemplo, custou US$ 10 milhões.

O boom de produções e visibilidade não é só decorrente do maior poder econômico mundial. Para Roger Tavares, pesquisador da área, isso reflete um movimento de mudança global. “Nos últimos anos a diversão foi reprimida. Esse movimento é uma espécie de basta à cultura da produção 24 horas”, aponta Tavares, que ainda cita o amadurecimento da indústria, que começou a se diversificar, como um fator que contribuiu para o segmento.

Por isso mesmo, muitos aficionados compram dois, ou até os três videogames. O médico David Brandalise, 29, por um momento teve Wii, 360 e PS 3. Ele ressalta o “trabalho cinematográfico” que alguns produtores desenvolvem hoje em dia nos videogames PlayStation 3 e Xbox 360. As funções multiplayer dos consoles também atraíram Brandalise. No PS 3, passou horas jogando Call of duty 4, na rede on-line gratuita, PSN. No 360, está restrito ao jogo single player, já que a empresa americana não oferece sua robusta rede Live no Brasil. Brandalise também joga o Wii, mais “fraquinho” segundo ele, mas um ótimo videogame social e nostálgico.

BRASIL A Microsoft é a única empresa que lançou o console em terras brasileiras. Mesmo que aqui o 360 seja o mais caro dos três (lá fora é o mais barato), a iniciativa beneficiou o mercado. “O fato de termos lançado o console aqui aumenta a exposição dos games e os usuários ainda conseguem lançamentos simultâneos e traduções para o português”, resume Milton Beck, diretor da área de entretenimento e varejo da Microsoft Brasil. Já a rede Live, onde os jogadores podem jogar e ver filmes, não tem previsão de chegada, mas estão sendo feitos estudos. Por isso, muitos jogadores apelam para um endereço americano nos seus perfis, mas o posicionamento da Microsoft Brasil é de não “incentivar” essa ação.

A reportagem tentou contato com a empresa que distribuiu o Wii no país, mas não conseguiu resposta. Em entrevista recente, o diretor da Nintendo of America, Reggie Fils-Aime, disse que, com menos impostos, o Brasil poderia se tornar o maior mercado latino-americano.

Em 2009, a Sony pretende lançar o PlayStation 2 oficialmente no Brasil. Em nota, a empresa diz que submeteu um projeto à Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), para assegurar a produção do videogame, mas não há prazo para a comercialização. Dados da Associação Brasileira das Desenvolvedoras de games (Abragames) apontam que o PS 2 é o que tem a maior base instalada no país.-->


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