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Estado de Minas

Palco virtual


postado em 04/12/2008 11:49 / atualizado em 08/01/2010 03:59

Mesmo sem parecer, Rafael Chaves é o que se pode chamar de criança prodígio. Aos 9 anos, toca com desenvoltura músicas complicadas, como as de Joe Satriani, na sua Yamaha. O primeiro contato com o mundo do rock? Guitar Hero. Foi com a guitarra de plástico que ele tomou gosto pela coisa. A velocidade e ritmo que demonstra no jogo traduziram-se na guitarra de verdade – que ele afirma ser bem mais difícil de tocar.

Paulo Lopes Leme, o professor de guitarra de Rafael, exalta a técnica do garoto e não nega que o jogo pode ter estimulado o surgimento de um grande músico. Mesmo assim, Lemes deixa claro que a brincadeira e a realidade são bem diferentes. “Já tive outro aluno que jogava, mas, quando viu que a guitarra real exigia prática e paciência, desistiu”, ressalta. Se as técnicas são, no máximo, semelhantes, em um ponto Paulo Leme não tem dúvidas: o game é uma porta de entrada para a música. Um exemplo é o próprio Rafael Chaves, que diz ser fã da banda Gun’s N’ Roses – que, por sinal, não lançava um disco desde 1993, seis anos antes do nascimento do menino.

DOWNLOADS MILIONÁRIOS Com todo esse sucesso, já deu para imaginar onde Axl Rose resolveu apresentar o primeiro single do último trabalho do Guns, o recém-lançado álbum Chinese democracy, que, apesar de vir acompanhado de críticas como um dos piores disco de rock dos últimos tempos, já é recordista de vendas no Brasil. A nova música, Shackler’s revenge, entrou para o set list do Rock Band 2, e cada vez mais bandas aproveitam o sucesso dos games para retomar o mercado que perderam para o MP3. Desde que foi lançado, Rock Band já colocou mais de 50 músicas disponíveis para serem compradas em seu centro de downloads das redes virtuais dos novos consoles. Uma delas, Saints of Los Angeles, do Motley Crue, foi baixada mais de 47 mil vezes, ultrapassando a marca de 10 mil downloads feitos pelo serviço da Apple, o iTunes. Cada música custa cerca de US$ 2 e alguns álbuns são lançados inteiros, como ocorreu recentemente com a banda Metallica (veja na página 8).

Michael Pachter, analista de videogames da WedbushMorgan Securities, calcula que o download de canções deve gerar US$ 10 milhões para o Guitar Hero e US$ 20 milhões para o Rock Band. Com tanto dinheiro em jogo, outra batalha começou no mês passado. Edgar Bronfman Junior, CEO da Warner Music, disse que os desenvolvedores devem começar a pagar mais pela inserção de músicas da companhia. Já Robert Kotick, executivo da Activision/Blizzard, declarou ao jornal The Washington Post que as gravadoras deveriam se sentir felizes em ter seus artistas divulgados nos games.

Números apresentados por Zach Horowitz, chefe da Universal Music Group, reiteram o que Kotick afirmou. Horowitz diz que as músicas jogáveis viram suas vendas aumentarem em até 300%. No caso de My name is Jonas, da banda Weezer, cresceram ainda mais: 1000%. 


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