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Estado de Minas

Defesa excessiva

Game tem mais recursos para interação on-line, mas jogabilidade ainda é complicada


postado em 13/11/2008 11:02 / atualizado em 08/01/2010 04:04

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O velho e bom futebol- arte, tão apreciado pelos brasileiros, é desprezado na nova versão do game, que privilegia mais os sisudos esquemas de jogo do que as belas jogadas individuais

O Brasil é a terra do futebol-arte. Talvez por isso, o brasileiro não se identifique com o jeito sisudo de jogar da série Fifa Soccer. Na edição 2009 do game, a jogabilidade parece ter ficado mais complicada ainda. Mesmo com lances de pura estripulia – que lembram os dribles de Denner ou os malabarismos à la foca do Kerlon – a combinação de botões para realizá-los é quase tão complicada quanto os especiais dos jogos de luta. O que os tornam, para o jogador iniciante, impraticáveis.

O Fifa 09 é um jogo mais tático e que representa melhor os detalhes de uma partida. Diferentemente de seu concorrente, o Pro Evolution Soccer (também conhecido como WinningEleven).  No PES, um gamer não tão habilidoso consegue avançar boa parte do campo e chegar com perigo ao gol adversário. No jogo licenciado pela Fifa, essa liberdade toda não existe. Isso porque os dois games tratam de forma diferente a roubada de bola.

O Fifa beneficia o defensor. Em quase todos os encontrões entre atacantes e zagueiros, a bola acaba tomada e a ofensiva desarmada. No PES, o jogador que vai em direção ao gol adversário, na maioria das vezes, leva vantagem quando dá de cara com o opositor. Assim, aqueles gols em que o dono da bola parece um trator são mais freqüentes. Essa diferença influencia muito na jogabilidade do Fifa 09. Aumenta a importância do esquema tático, do passe e dos lançamentos para abrir espaços na zaga adversária e evitar as trombadas diretas com os defensores.

Mas a jogabilidade ganhou uma boa novidade. É a riqueza de movimentos que se pode conseguir jogando com o teclado — que, nesta edição, ganha a companhia do mouse para executar dribles mais elaborados. Outro investimento da Eletronic Arts foi na personalização da versão do game para o Wii, console da Nintendo.

Como o Wii tem o controle diferente de todos seus concorrentes da última geração, o Fifa 09 segue o PES e cria comandos novos. Caso do chute. Em vez de apertar um botão, o gamer tem de chacoalhar o joystick. Também é possível levar o Mii, espécie de avatar, para as quatro linhas quando se joga uma partida estilizada, com jeito mais infantil e divertido. Mas as principais novidades do jogo são extra campo.

REALIDADE TOTAL
O Fifa 09 traz duas novidades interessantes fora das quatro linhas — o que deve aumentar o tempo de vida do jogo no PC dos gamers. A primeira delas é o modo de jogo Be a Pro (Seja um profissional). Nele podemos selecionar apenas um jogador para entrar em campo, em vez de comandar o time todo. Assim, ganhamos notas pelo nosso desempenho no gramado. Entram na conta passes acertados, tomadas de bola, dribles e tudo mais que pode ser levado em conta pela crítica tradicional da crônica esportiva.

Ainda pode-se juntar a mais três jogadores on-line para montar um time e participar de temporadas completas na internet. A limitação de apenas quatro humanos controlarem atletas virtuais ao mesmo tempo é frustrante, já que nas versões do jogo para PS3 e Xbox 360dá para juntar 10 de cada lado, ficando só o goleiro nas mãos da máquina. O Be a Pro ainda pode ser jogado off-line mesmo. Para se candidatar a craque, o gamer escolhe um jogador já famoso ou o monta à sua imagem e semelhança.

O outro artifício que inunda o Fifa 09 com a realidade é o Adidas Live Season. O recurso vai atualizar os dados das ligas mexicana, inglesa, francesa, italiana, alemã e espanhola de 8 de outubro a 9 de maio, com o desempenho real dos jogadores, que serão repassados às versões virtuais dos atletas. Mas o gamer só poderá optar por um dos campeonatos, gratuitamente. Para atualizar os outros, é preciso comprá-los no site da empresa. Cada um sai por 4,99 euros.

BRASIL  Tem pouco tempo que o FIFA começou a olhar com mais carinho para os clubes brasileiros. Ao contrário do que fazia o PES, que só incluía alguns times nacionais, tem pelo menos duas edições que todas as equipes da Série A estão no game. Mas a atenção do jogo ao futebol pentacampeão do mundo não é completa. Pára nos detalhes das camisetas dos clubes, que são idênticas às da vida real. Os atletas que jogam por aqui, por exemplo, não se parecem em nada com suas cópias virtuais. O jogo chega a trazer nomes com erros, como no caso do Marcelinho Paraíba, que virou Marcelinho “Paráiba”. Outro ponto em que os brasileiros não receberam muita atenção foi nos estádios. Apesar de a torcida ser mais ou menos personalizada e levar faixas de apoio aos times que lembram as reais, os templos de nosso futebol são bem genéricos e lembram pouco as construções tradicionais, como São Januário ou Morumbi.

AVALIAÇÃO


Jogabilidade
Entretenimento  
Gráficos   
Som   
Instalação   

Requisitos mínimos
Processador de 2,4GHz, 512MB de RAM, 4,4GB de HD, DVD 8x, Placa de vídeo de 128MB compatível com Direct X.9c, Windows XP, SP2 ou Vista.
Preço: R$ 99,90
Também disponível para Nintendo DS, Playstation 3, Wii, Xbox
Classificação indicativa: livre-->


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