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Estado de Minas

Cidades unidas


postado em 13/11/2008 10:51 / atualizado em 08/01/2010 04:04

Secretaria de Informática de Itajubá/Divulgação
Experiências como a praça digital implantada em Itajubá (Sul do estado) podem servir de exemplo a outras prefeituras
-->Se o software livre encontra barreira cultural forte entre os usuários comuns, a necessidade de adoção dos sistemas abertos por governos parecia indiscutível no Latinoware. O evento também foi o palco para o lançamento do 4CMBR, ambiente na internet que servirá de base para o auxílio tecnológico aos municípios brasileiros. O portal tem ferramentas para possibilitar o compartilhamento de conhecimento e colaboração entre representantes das cidades, como chat, fórum e wiki. Além disso, a idéia é, com o tempo, disponibilizar softwares importantes para a administração pública municipal.

“Essa rede pode ser eficaz para transformar a qualidade tecnológica nas prefeituras, no sentido de propor unificação das soluções e ajuda mútua entre as administrações de diferentes cidades”, propôs Luis Felipe Costa, coordenador do projeto, do Ministério do Planejamento. Os quatro C’s do nome se referem a colaboração, comunidade, conhecimento e compartilhamento.

Assim, os representantes discutiram estratégias que envolvem a migração para softwares livres, tanto em soluções internas quanto nas relações com a população. O portal se propõe a estender o debate e torná-lo permanente. Os documentos em formato .ODF (open document format), alternativa de código aberto ao .DOC (que pode ser aberto com Word, do Microsoft Office), são um bom exemplo.

“Se a prefeitura determina que no Centro da cidade só podem circular veículos de determinada marca, as pessoas não vão aceitar. Quando a administração coloca em seu site um documento .DOC, o que ela diz indiretamente é que o cidadão tem de ter uma licença do Office para ter acesso àquele formulário, ou então que busque o caminho da ilegalidade. Isso é complicado do ponto de vista do direito humano”, comparou Jomar Silva, diretor do capítulo nacional da ODF Alliance.

Para Julio Cezar Cardoso, diretor de desenvolvimento tecnológico de Itajubá, a 447 quilômetros de Belo Horizonte, a aposta na colaboração pode ser uma boa saída. “O pessoal fica isolado e, às vezes, prefeituras distantes podem ter problemas comuns na implantação de sistemas abertos. Compartilhar isso pode ser muito produtivo”, diz. A administração de Itajubá usa aplicativos de código aberto desde 2006, de acordo com Cardoso, mas encontra dificuldades em migrar o sistema operacional por conta de um programa gerencial que só roda em Windows.

“A solução que queremos propor é que o aplicativo seja adaptado para rodar on-line. Assim, poderá ser acessado por meio de qualquer navegador”, diz Cardoso. Ele acrescenta que a migração também deve ser acompanhada por treinamentos que capacitem os usuários à nova maneira de interagir com os sistemas abertos. Experiências graduais, como a praça digital, com internet sem fio aberta à população no Centro da cidade, comandada por um estação Linux, podem ganhar visibilidade e servir de exemplo no ambiente virtual. Mais uma vez, a troca de idéias quanto a essas estratégias de implantação podem encontrar terreno fértil no novo portal.

www.softwarepublico.gov.br/4cmbr-->


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