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Estado de Minas

Militância pela liberdade

Software livre leva mais de 3 mil pessoas a Foz do Iguaçu e agora será a vez de Minas discutir o futuro de um movimento que ganha cada vez mais adeptos, mas ainda provoca polêmica e dúvidas na cabeça dos usuários


postado em 13/11/2008 10:36 / atualizado em 08/01/2010 04:04

Quinho
-->Foz do Iguaçu (PR) - Consumista, alienada, desorganizada, acomodada. São muitas as pechas que a juventude do nosso século costuma carregar. Há, contudo, um pessoal que bate o pé e aposta na rima tecnologia e ideologia para encabeçar um movimento que é, no mínimo, curioso. “Muita gente fala que o jovem de hoje não tem bandeiras a defender. A nossa é o software livre”, diz o comunicólogo Duda Nogueira, um dos 42 jovens mineiros que, em caravana, encarou 20 horas de ônibus para chegar a Foz do Iguaçu e participar do Latinoware, no início deste mês. O evento reuniu mais de 3 mil militantes, nas salas do Centro Tecnológico da Usina de Itaipu.

 No fim do mês é a vez de o Encontro Mineiro de Software Livre discutir os rumos da militância por aqui. Fruto do Programa de Software Livre em Minas, uma comunidade virtual com adeptos que trocam idéias via e-mail desde 2003, o encontro presencial vai levar a discussão para o Uni-BH Estoril, entre os dias 26 e 29. Em pauta, a liberdade de aprimoramento dos softwares, uma das quatro bandeiras libertárias do movimento (as outras três são: poder executar o programa para qualquer propósito; poder estudar como o software funciona e adaptá-lo; liberdade de redistribuir as cópias).

Eles defendem com unhas e dentes a idéia de que os programas de computador têm de ser abertos e gratuitos, em clara oposição aos softwares proprietários criados por “monstros” capitalistas. O Windows, sistema operacional da Microsoft, para se ter uma idéia, é execrado. Os adeptos do Linux, um dos sistemas abertos, nem sequer mencionam o nome do inimigo. De brincadeira, referem-se a ele como “o sistema do outro lado da janela”.

“Software livre não é só Linux, que é só uma parte do sistema operacional. Todo mundo pensa que para usar software livre tem que ter Linux e um monte de gente usa Windows e Firefox”, relativiza Luciana Fuji, uma das organizadoras do encontro. O Mozilla Firefox foi o programa mais baixado em um único dia, em julho deste ano. Foram 8 milhões de downloads que renderam, ao navegador de código aberto, o recorde validado por auditores do Guiness Book.

Esta edição do Informátic@ mostra os caminhos do software livre. Será, por exemplo, que a nova versão do Ubuntu, sistema baseado em Linux, está pronta para os usuários comuns? Você vai entender o que pensam os militantes e saber como as empresas se aproveitam da filosofia aparentemente altruísta para gerar dinheiro. Vai entender também como as prefeituras do país estão se unindo para trocar idéias, no melhor estilo ‘liberdade para compartilhar conhecimento’, a expressão-chave de todo este movimento.

* Repórter Frederico Bottrel viajou a convite da Organização do Latinoware
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