Jornal Estado de Minas

Pintou o 7

O que há de novo na versão do sistema, que pode chegar em 2009 para substituir o Vista

Fotos: Reprodução de Internet 4/11/08
Os programas a serem usados também estão reunidos em grandes ícones, que se destacam no desktop (Ampliar)
Embora a Microsoft continue afirmando que as vendas vão muito bem, obrigado, o fiasco do Windows Vista não tem muita discussão. A lentidão na inicialização e a incompatibilidade com aparelhos mais antigos são só alguns dos “defeitos especiais” do sistema operacional, que transformou o downgrade em figurinha fácil no vocabulário tecnológico. Voltar para o XP foi a solução encontrada por muitos usuários, que preferiram abrir mão das maravilhas gráficas do Vista para ter um sistema que simplesmente funcione sem travar. Na última semana, os detalhes de uma outra solução foram apresentados pela empresa: o Windows 7, com lançamento previsto para 2010, carrega nas costas o peso desta redenção.
Tanto que alguns analistas apostam na antecipação do lançamento para meados de 2009. A principal arma: a compatibilidade total com máquinas de tela sensível ao toque. Totalmente preparado para a interação na ponta dos dedos, o sistema pretende encarnar a coqueluche experimentada em gadgets como o iPhone. O Vista já roda em máquinas com o multitouch, como provam os notebooks Tablet e o PC Touchsmart, da HP. A diferença gritante do Windows Seven será a preparação total de todos os aplicativos para a touchscreen (no atual sistema, muitas das aplicações têm de ser adaptadas para funcionar com a tecnologia).

Uma doca semelhante a dos Macs reúne os principais aplicativos. As galerias de imagens têm pré-visualização, facilitando o acesso às informações (Ampliar)
Assim, a mais radical das mudanças é visual, com os ícones agigantados para acompanhar o toque de dedos menos precisos. Nesse sentido, surge uma barra semelhante ao Dock, dos Macs, e também a atual barra lateral do Windows Vista. Como a destreza na nova interface virá com a prática, é bom que os dedos não se percam em botões minúsculos. De cara, o sistema incorpora recursos que prometem facilitar a vida de usuários menos experientes, como uma nova barra de tarefas que se baseia na pré-visualização de todas as janelas abertas de um programa quando o usuário passa o cursor (usando o dedo, ou o mouse) sobre o ícone.

Entre as atrações demonstradas pela empresa na apresentação da novidade está a manipulação de fotos (emuladas em galerias, a exemplo do Cover Flow da Apple), a criação de desenhos (como crianças fazem arte, na ponta do dedo) e até a execução de uma música em um piano virtual, que surge na tela. A aposta na nova interação baseada no toque estará também em outros produtos já anunciados pela Microsoft, como o TouchWall (um computador de parede) e o Surface (em formato de mesa de café).