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Estado de Minas

TI para vencer a crise

Criatividade e inovação são palavras de ordem nas palestras e debates em evento em BH


postado em 30/10/2008 11:49 / atualizado em 08/01/2010 04:08

As soluções frente à crise econômica, a colaboração na web e as mudanças com a nova lei de crimes digitais foram as discussões mais quentes do maior congresso de telecomunicações, informática e internet de Minas. A 24ª edição do Infocon Inforuso movimentou cerca de 700 especialistas em TI, durante três dias de evento na última semana, na Torre AltaVila, em Belo Horizonte. Ainda que o encontro tenha perdido o caráter popular da feira de lançamentos, o perfil das palestras destse ano, apesar de voltadas para o público corporativo, ganhou contornos menos sisudos, com temas de interesse geral.

A turbulência do mercado financeiro, por exemplo, não poderia ficar de fora dos debates. De acordo com Acrísio Tavares, presidente da Associação de Usuários de Informática e Telecomunicações de Minas Gerais (Sucesu), organizadora do evento, todos os setores já começam a sentir os efeitos da crise e a TI não fica atrás. “Os palestrantes mostraram que a alta do dólar já começou a afetar a oferta de produtos para o consumidor final. Com a crise de crédito, já não se encontra mais desktops ou notebooks parcelados em 24 vezes”, exemplifica o executivo.

Juarez Rodrigues/EM/D.A Press
Taiana participou da competição com Dagoberto, robô feito com peças de Lego, que ficou em terceiro lugar

Em contrapartida, o setor pode ser entendido com um poderoso aliado para contornar o complicado contexto econômico, como explica Tavares: “Como a TI estimula a produtividade, também é a solução para as empresas, na medida em que podemos ajudá-las a ficar mais enxutas e dinâmicas, para resolver os problemas em meio à crise”.

Por isso, criatividade e inovação seguiram como palavras de ordem na pauta dos participantes, em eventos como o seminário, para micro e pequenas empresas, em parceria com o Sebrae. O objetivo foi estimular o desenvolvimento de práticas inovadoras. Com ou sem crise, pensar diferente e apostar em novidades é intrínseco às atividades, segundo Tavares. “Em TI, o desenvolvimento pode ser muito rápido e as empresas pequenas amanhã serão as grandes”, aposta.

A polêmica sobre a nova lei de crimes na internet também esteve na pauta, com um debate envolvendo o senador Eduardo Azeredo (PSDB), autor do projeto de lei complementar que propõe mudanças no sentido de regulamentar a internet brasileira, e os advogados especialistas em direito tecnológico Alexandre Atheniense, de Belo Horizonte e Patrícia Peck, de São Paulo. “A discussão foi bastante produtiva, porque de uma maneira geral as pessoas têm pouco conhecimento ainda sobre o assunto”, diz Tavares.

Outro ponto alto foi a comemoração dos 40 anos da Sucesu. A entidade aproveitou para escolher 40 homenageados que contribuíram para o desenvolvimento do setor de Ti em Minas Gerais durante esse tempo. Entre os homenageados estava o jornal Estado de Minas. O diretor de Tecnologia dos Diários Associados Minas e Centro-Oeste, Guilherme Machado, recebeu a homenagem.

ROBÔS EM PÉ DE GUERRA Entre uma e outra rodada de negócios, congresso ou palestra, os participantes desatavam os nós das gravatas para esticar o pescoço e espiar a parte mais despojada do evento: a tradicional Copa de robótica, envolvendo estudantes do ensino fundamental e médio e seus simpáticos robozinhos feitos com peças de Lego. Os pequenos brinquedos tinham de ser programados para disputar em quatro categorias diferentes: Corrida com peso, Cabo de guerra, Escalada e Sumô.

“A robótica é multidisciplinar, mas não deixa de ser lúdica. Entre os grupos paira um clima amistoso mesmo, de colaboração e de troca de experiências”, acredita o coordenador da Copa, Rommel Ruella, a todo momento solicitado para resolver alguma dúvida sobre o regulamento. Além da fraternidade apregoada pelo coordenador, dois dos participantes passavam a maior parte do tempo abraçadinhos.

Gustavo Veloso, de 21 anos, estudante de engenharia de controle e automação não desgrudava da namorada Taiana Moreira Zenha, de 18, estudante de engenharia mecatrônica, a única menina presente. O filho deles é Dagoberto, o nome do robô que criaram com a ajuda de mais um colega integrante da equipe da PucMinas. Taiane se diz acostumada a se fazer respeitar em um ambiente essencialmente masculino: “Acabei me acostumando a relevar os comentários machistas”, diz a moça, acrescentando que o que interessa é o que o trabalho é capaz de mostrar.

No caso, a equipe de Dagoberto ficou com o terceiro lugar na categoria nível avançado, atrás da equipe Gimamawi, também da PucMinas, e da Legobots, do Senai/Cetem, que ficou com o segundo lugar na colocação geral. Os grandes vencedores, comparando as equipes dos níveis médio e avançado foram os integrantes da equipe LDR, do Colégio Marista.-->


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