| Jair Amaral/EM/D.A Press |
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 Colecionador de Ataris, Marco fez adaptações para que o filho Eduardo, de três anos, possa jogar |
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Nem só de recordações de antigos consumidores vivem os jogos nostálgicos. Os “dinossauros” dos anos 1980 são capazes de fascinar também os pequeninos. Prova maior disso acontece quando Eduardo, de três anos, se senta diante do Atari de seu pai, Marco Birchal, de 40, professor nos cursos de engenharia de controle e automação e ciência da computação da PucMinas. Aliás, do Atari não; de um dos Ataris do pai. Marco coleciona computadores e videogames antigos e tem sete exemplares daquele que marcou o nascimento dos consoles caseiros, nos idos de 1970. Não se trata de nostalgia, mas de realização: na juventude, Marco nunca teve um Atari; sempre jogou usando computadores.
Fascinado com reformas e consertos dos hardwares, Birchal adaptou o brinquedo para que o filho pudesse desfrutar. “Comprei um joystick infantil. Ele é grande, parece um teclado, com quatro botões. E no meio fica o dispositivo que efetua os disparos. Assim, facilita para o tamanho das mãos das crianças”, detalha Birchal. Eduardo agradece e garante vida longa à diversão diante de clássicos como PacMan, Tennis e Hockey.
Os consoles pioneiros já entraram para a esfera do colecionismo, mas alguns outros como o MegaDrive e o MasterSystem continuam na batalha de mercado. O setor não marca bobeira, de olho no desenvolvimento expontâneo de gamers exigentes. Os consoles chegaram à sétima geração com tecnologias cada vez mais sofisticadas incluindo os discos óticos contendo os títulos. O Nintendo Wii revolucionou a interação, com o controle em forma de bastão e sensores de movimento. O PlayStation 3 adotou até o Blu-Ray, que usa laser com menor comprimento de onda e discos com maior densidade e capacidade de armazenamento de dados – tudo em nome da qualidade da imagem. Como competir com o avanço tecnológico?
O NOVO DO VELHO A aposta das empresas é, de fato, na simplicidade. O Pegavision, por exemplo, tem 78 jogos na memória, com títulos bem básicos. O controle é o próprio console. Por este lado, o brinquedinho é sofisticado na convergência; pode ser conectado diretamente na televisão. As vedetes mercadológicas são Tetris e Pacman e entre as outras opções estão futebol, vôlei, corridas de moto e de carro, aventura, estratégia, lutas, tiros, naves, tanques de guerra, aviões. É claro que a idéia não é ocupar o mesmo espaço que o X-Box, o PS3 ou o Wii. As crianças, que dão os primeiros cliques nos botões dos games, são o público alvo. E os pais, que dispensam a “barulheira” das novas trilhas sonoras e ficam tontos com os pontos de vista voláteis do 3D, pegam uma carona e matam saudade dos joguinhos simples.
O Sonic continua pulando em molas e coletando argolas como fazia no MegaDrive dos anos 1990. Mas a nova versão do console dispensa os cartuchos e volta na história, aos primórdios dos videogames, quando os jogos vinham na própria memória da máquina. A vantagem é que os tempos (e as memórias) são outros e cabem até 86 jogos no armazenamento interno. A Tectoy lança versões anuais tanto do MegaDrive quanto do MasterSystem (este com 131 jogos embutidos). Para isso, revigora os lançamentos, mudando o design e ampliando a quantidade de títulos. As pequenas inovações se somam ao bom e velho “time que está ganhando”.
“Temos uma parceria com a Electronic Arts, que garante, no MegaDrive, títulos elaborados como Need For Speed, Fifa 2008, Sim City e The Sims, as quatro principais franquias”, enumera Vanessa Marchetti Artea, gerente geral de marketing da Tectoy. Além das novidades também estão lá Alex Kidd in the enchanted castle, Sonic 3, Altered beast, Golden Axe e Kid Chameleon. Embora Vanessa acredite que os títulos novos tragam “outro status para o console”, a aposta no clássico é primordial: “A jogabilidade é muito simples, Alex Kidd e Sonic são insuperáveis”. No MasterSystem velhos de guerra como Alex Kidd, Sonic, Fantasy Zone, Golden Axe, Shinobi, Shadow Dancer, Battle Outrun reinam sozinhos.-->
Nem só de recordações de antigos consumidores vivem os jogos nostálgicos. Os “dinossauros” dos anos 1980 são capazes de fascinar também os pequeninos. Prova maior disso acontece quando Eduardo, de três anos, se senta diante do Atari de seu pai, Marco Birchal, de 40, professor nos cursos de engenharia de controle e automação e ciência da computação da PucMinas. Aliás, do Atari não; de um dos Ataris do pai. Marco coleciona computadores e videogames antigos e tem sete exemplares daquele que marcou o nascimento dos consoles caseiros, nos idos de 1970. Não se trata de nostalgia, mas de realização: na juventude, Marco nunca teve um Atari; sempre jogou usando computadores.
Fascinado com reformas e consertos dos hardwares, Birchal adaptou o brinquedo para que o filho pudesse desfrutar. “Comprei um joystick infantil. Ele é grande, parece um teclado, com quatro botões. E no meio fica o dispositivo que efetua os disparos. Assim, facilita para o tamanho das mãos das crianças”, detalha Birchal. Eduardo agradece e garante vida longa à diversão diante de clássicos como PacMan, Tennis e Hockey.
Os consoles pioneiros já entraram para a esfera do colecionismo, mas alguns outros como o MegaDrive e o MasterSystem continuam na batalha de mercado. O setor não marca bobeira, de olho no desenvolvimento expontâneo de gamers exigentes. Os consoles chegaram à sétima geração com tecnologias cada vez mais sofisticadas incluindo os discos óticos contendo os títulos. O Nintendo Wii revolucionou a interação, com o controle em forma de bastão e sensores de movimento. O PlayStation 3 adotou até o Blu-Ray, que usa laser com menor comprimento de onda e discos com maior densidade e capacidade de armazenamento de dados – tudo em nome da qualidade da imagem. Como competir com o avanço tecnológico?
O NOVO DO VELHO A aposta das empresas é, de fato, na simplicidade. O Pegavision, por exemplo, tem 78 jogos na memória, com títulos bem básicos. O controle é o próprio console. Por este lado, o brinquedinho é sofisticado na convergência; pode ser conectado diretamente na televisão. As vedetes mercadológicas são Tetris e Pacman e entre as outras opções estão futebol, vôlei, corridas de moto e de carro, aventura, estratégia, lutas, tiros, naves, tanques de guerra, aviões. É claro que a idéia não é ocupar o mesmo espaço que o X-Box, o PS3 ou o Wii. As crianças, que dão os primeiros cliques nos botões dos games, são o público alvo. E os pais, que dispensam a “barulheira” das novas trilhas sonoras e ficam tontos com os pontos de vista voláteis do 3D, pegam uma carona e matam saudade dos joguinhos simples.
O Sonic continua pulando em molas e coletando argolas como fazia no MegaDrive dos anos 1990. Mas a nova versão do console dispensa os cartuchos e volta na história, aos primórdios dos videogames, quando os jogos vinham na própria memória da máquina. A vantagem é que os tempos (e as memórias) são outros e cabem até 86 jogos no armazenamento interno. A Tectoy lança versões anuais tanto do MegaDrive quanto do MasterSystem (este com 131 jogos embutidos). Para isso, revigora os lançamentos, mudando o design e ampliando a quantidade de títulos. As pequenas inovações se somam ao bom e velho “time que está ganhando”.
“Temos uma parceria com a Electronic Arts, que garante, no MegaDrive, títulos elaborados como Need For Speed, Fifa 2008, Sim City e The Sims, as quatro principais franquias”, enumera Vanessa Marchetti Artea, gerente geral de marketing da Tectoy. Além das novidades também estão lá Alex Kidd in the enchanted castle, Sonic 3, Altered beast, Golden Axe e Kid Chameleon. Embora Vanessa acredite que os títulos novos tragam “outro status para o console”, a aposta no clássico é primordial: “A jogabilidade é muito simples, Alex Kidd e Sonic são insuperáveis”. No MasterSystem velhos de guerra como Alex Kidd, Sonic, Fantasy Zone, Golden Axe, Shinobi, Shadow Dancer, Battle Outrun reinam sozinhos.-->