(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas

E a TV digital?


postado em 23/10/2008 12:29 / atualizado em 08/01/2010 04:09

O mercado de PCs de entretenimento ainda é luxuoso no país, com os preços bem distantes da realidade daqueles que compram seu primeiro computador. Também é bom ter em mente que eles funcionam bem, geralmente, como segunda máquina. Para aplicações profissionais, por exemplo, podem ser uma furada. Recursos de ponta, como leitor de Blu-Ray, o padrão de alta definição para imagens em movimento, e receptor integrado de TV digital, fazem a diferença – e encarecem o preço. Nenhuma dessas duas funcionalidades está presente no Touchsmart que a HP lançou no Brasil. Nos EUA, há outros quatro modelos do mesmo produto que incluem esses recursos.

O equipamento chega ao Brasil com o preço sugerido de R$ 6.499. A estratégia da HP compreende produtos que são inicialmente importados e, depois de um tempo, podem ser produzidos no Brasil. “Foi assim com os notebooks tablet, que custavam R$ 5 mil quando chegaram. Logo percebemos que deveríamos produzir localmente e hoje eles são encontrados por R$ 3,2 mil”, exemplifica Jimenez. Se a empresa importasse o produto de ponta (com Blu-Ray e com TV Digital), o preço seria ainda mais caro.

No caso, a mera importação do equipamento com TV Digital seria infrutífera, uma vez que o padrão brasileiro de TVD tem especificações diferentes do americano. Por isso, há a demanda de desenvolvimento nacional dos produtos. Enquanto as empresas não optarem pelo investimento nessa estrutura, a própria disseminação da TV Digital vai caminhando a passos lentos – os fatores são correlatos, como explica Adriana Flores, gerente de produto da Positivo Informática, que promete ainda para o fim de outubro o lançamento de um computador focado em entretenimento, já com a recepção do sinal digital integrada.

“A TV digital vai um pouco mais devagar do que gostaríamos, porque tem de se espalhar no país. As emissoras ainda não promovem a TV digital como achávamos que iriam promover. Passamos um bom tempo nos últimos meses nos preparando para colocar em larga escala um produto que tenha PCTV digital. Mas ele teve de ser totalmente customizado com nosso sistema”, explica Flores. Com a instabilidade do mercado financeiro, a empresa não se arrisca a divulgar preço estimado dos PCTVs que vão permitir assistir a programas de televisão em alta definição e gravar o conteúdo em Blu-Ray.

O mesmo problema foi enfrentado pela Pinnacle, que propõe soluções de produtos mais baratos, para adaptar os computadores que as pessoas já têm em casa à recepção de TV. Os carros-chefe são as placas PCTV, que permitem ainda a gravação e edição do conteúdo capturado – as soluções saem entre R$ 200 e R$ 500, mas precisam de um computador com boa memória e capacidade de armazenamento. A empresa vende, por aqui, o PCTV Pro USB, que leva sinal de TV analógica aos computadores, na entrada USB.

“O Pro USB pegaria TV Digital se usássemos o padrão americano. Como não é o caso, há um grande adesivo na embalagem informando que, no Brasil, só capta o sinal analógico”, diz Emerson Jordão, gerente técnico da Pinnacle no Brasil. De acordo com ele, um produto semelhante, que receberá sinais analógicos e digitais, já com o padrão brasileiro de TVD, deve chegar ao Brasil no início do próximo ano. Ele também não poupa críticas aos passos lentos da tecnologia no Brasil: “Óbvio que queremos ajudar isso a crescer, mas caso não cresça, como vou vender o produto se ele não vai ser comprado?”-->


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)