Fotos: Yoshikazu Tsuno/AFP Photo |
Público da Tokio Game Show teve a oportunidade exclusiva de experimentar game controlado pelo cérebro, desenvolvido pelo estúdio japonês Square Enix. Coisa de ficção |
Mais uma vez, a Tokyo Game Show (TGS), feira internacional de games realizada na semana passada no Japão, pela 13ª vez, se mostrou um encontro especial para fabricantes, desenvolvedores, revendedores e amantes dos jogos eletrônicos. Cerca de 210 expositores, de 14 países, apresentaram quase 900 games, novos ou em versões atualizadas, para um público
Uma das maiores novidades mostradas na TGS 2008 foi um jogo para computador controlado, parcialmente, por ondas cerebrais. Produzido pelo estúdio japonês Square Enix, o jogo adota um headset da NeuroSky, empresa dos Estados Unidos que cria sensores biométricos sensível a comandos por ondas cerebrais. Claro que o game foi apresentado ainda em versão de demonstração, e não como produto final. Aliás. nem ficou confirmado se ele se tornará um jogo comercial. Mas a simples apresentação do modelo mostra o quanto a indústria de entretenimento investe e se prepara para o futuro. Enquanto o gamer joga, o headset especial monitora o seu estado de concentração e de relaxamento. Com base nos dados coletados, permite que o jogador desenvolva e desempenhe algumas das ações do jogo.
ESTRLAS DO ESPETÁCULO
FIM DO MUNDO
O game Star oceam 4: the last hope, para o Xbox 360 da Microsoft, segue os mandamentos de um típico RPG japonês. O enredo é em 2064, depois do terceiro grande erro da humanidade: uma nova guerra mundial que coloca a Terra em fase de extinção. Cabe a dois jovens aventureiros o trabalho de explorar o espaço e buscar um novo lar para a humanidade: Edge Maverick, de 20 anos, especializado em luta de espadas, e a jovem Raimi Saionji, de 19, no arco e flecha. As criaturas ficam visíveis no mapa e passam a perseguir o jogador quando percebem sua presença e sempre ocorrem lutas quando se encontram. O jogo tem falhas, pois há regras para vencer. Uma delas é que sai em desvantagem aquele que for pego por trás. Como a câmera nem sempre fica posicionada no melhor ângulo, quando o jogador acessa uma área nova, muitas vezes não vê o que precisa e é surpreendido por um inimigo vindo de um ponto cego. Apesar disso, Star ocean 4 tem elementos suficientes para agradar.
Visitantes testam controle remoto do Wii, da Nitendo, em game criado para o equipamento |
Street fighter 4, junto com Resident evil 5, esteve em vários pontos do centro de exposição da TGS. Sony e Microsoft mostraram o game em seus espaços, já que Xbox 360 e PlayStation 3 recebem o título no próximo ano. A conversão do game para consoles (as versões anteriores eram exclusivas para PC) ficou ótima. O que mais impressionou foi o visual, parecido com ilustrações em movimento, e as expressões faciais, enriquecidas significativamente. Os antigos lutadores da versão 2 ganharam estilo e arte. Os gigantes Sagat e Zangief ficaram mais corpulentos. Apesar de contar com mais e moderna tecnologia gráfica, controlar o game transmite sensação bem parecida com a de Street fighter 2. Vale lembrar, entretanto, que o novo jogo apresenta animações de 60 quadros por segundo. Seja como for, as antigas táticas ainda valem na versão 4, embora nem todas com a mesma eficácia, devido aos novos elementos adicionados. Street fighter 4 oferece também modalidades multiplayer on-line.
Quase 200 mil pessoas foram à TGS e viram novos jogos da Konami para Nitendo DS |
DIMINUIÇÃO DO TERROR
Jovens testam na feira títulos desenvolvidos exclusivamente para o console Xbox 360 |
Um dos primeiro títulos da Capcom para o Xbox 360 foi Dead rising, game do tipo filme de terror ao melhor estilo de perseguição por zumbis e mortos-vivos. Oferecido agora para Wii, a quantidade de personagens tenebrosos diminuiu, deixando cair um pouco a essência do jogo. A demonstração do título deixou isso claro. O shopping de Willamette, onde as criaturas atacavam em profusão na versão para Xbox, parece vazio agora. O protagonista Frank West parece não se sentir ameaçado. A Capcom, para compensar, optou por transformar o título num game mais direto. O melhor modo de liquidar os inimigos é usar a clássica a técnica de dar um tiro na cabeça do inimigo e, enquanto ele estiver atordoado, aproveitar para desferir o golpe fatal, principalmente com um bastão de beisebol, arremessando o morto-vivo para longe. Outro ponto a favor é a mecânica de tiro, mais parecida com o consagrado Resident evil 4. A quantidade de inimigos agora é bem menor, mas os cenários preservam o molde original.
HERÓIS NOS PORTÁTEIS
Da mesma forma que em anos anteriores, a produtora Square Enix deu prioridade aos portáteis na TGS. No seu grande estande, a empresa separou seus principais lançamentos, entre eles Dissidia: final fantasy, que põe heróis e vilões numa arena. São poucos tipos de golpes disponíveis. E como grande parte dos ataques demora a ser ativada, boa estratégia é usar técnicas de deslocamento para confundir o adversário e, em seguida, aplicar os golpes. Os personagens podem correr, subir por paredes (as que são indicadas). E com o botão de defesa, conseguem realizar esquivas rápidas e avançar sobre oponente rapidamente.
CANSAÇO OU DIVERSÃO?
Castlevania é uma clássica série da Konami, que depois de ser produzido para Wbox 360 e PlayStation 2 chega ao Wii, com a versão Castlevania judgment, que altera radicalmente o estilo das edições anteriores. Agora, os principais personagens da franquia são postos em uma arena para trocar golpes de espada, chicotadas e variadas magias. É também um jogo de luta do gênero um contra um, mas os personagens contam com poucos movimentos de ataque. Os lutadores conseguem desferir uma seqüência de golpes quando o gamer sacode o Wii Remote. Fazendo isso e pressionando o botão B, ele desfere um ataque mais poderoso, porém lento, sem possibilidade de fazer grandes pontos. Já o botão A solta as armas secundárias, geralmente projéteis, que servem mais para frear o oponente do que para lhe causar danos. Castlevania judgment oferece pouca profundidade nas lutas, embora seja um game agitado, especialmente para o jogador, que tem de mexer os controles freneticamente no constante chacoalhar dos joysticks. Mais cansaço do que diversão? Para uns sim, para outros não. Cabe ao gamer decidir se é isso que procura em um título.
PERFEITA ADAPTAÇÃO
Novos softwares de games desenvolvidos para Nitendo DS são destaques na TGS 2008 |
Como sempre ocorre nas feiras de games, a Sony separou um considerável espaço em seu estande para apresentar games para PSP. Entre os títulos à disposição, Resistance: retribution comprovou que os games de tiro não estão entre os preferidos do público japonês. Não quer dizer, no entanto, que a adaptação de Resistance, um dos primeiros sucessos do PlayStation 3, seja ruim. Pelo contrário, ele mantém a boa linhagem de jogos de tiro para PSP. Na demonstração, o game começava em alta temperatura e com intenso tiroteio, numa caverna, onde o ex-militar James Greyson busca retomar a Europa dos alienígenas Chimera. Os controles funcionam bem no game, que oferece ao jogador recursos automáticos de se esconder diante de obstáculos. Quando o herói Greyson chega perto de um, automaticamente ele fica em posição defensiva, como abrigar-se atrás de uma mureta. Dessa posição e agachado, basta pressionar o botão de tiro para que ele se levante e passe a atirar. O gatilho esquerdo ativa a segunda funcionalidade da arma, que se transforma em um lançador de bombas. Armamento, por sinal, é o que não falta ao personagem, que conta com metralhadoras, granadas e até um lança-foguetes. Os combates são intensos, fazendo do título uma boa adaptação para PS3. (Com agências)