Tóquio — Se houve um grande fenômeno na Ceatec 2008, ele certamente foi o robozinho da Nissan, que funciona como co-piloto para carros de passeio. A cada apresentação do Robotic Agent BR23C, desenvolvido pela marca em parceria com a Universidade de Tóquio, um bom número de curiosos se aglomerava em volta do estande. Tudo para ver o robô interagir com uma modelo que simulava andar pelas ruas da cidade. O BR23C foi produzido, essencialmente, para evitar colisões. Ele tem um dispositivo que “enxerga” em três dimensões e previne choques a até dois metros de distância, dependendo da velocidade do carro. Isso evita, na melhor das hipóteses, que o motorista se distraia e bata no carro da frente durante um engarrafamento (ou na saída das tesourinhas, se trouxermos essa realidade para Brasília).

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Mas além de evitar batidas, o robô funciona como um GPS interativo. Ele identifica o motorista, recebe comandos de voz e conversa com os ocupantes do carro, inclusive os passageiros. É capaz de determinar rotas como um GPS comum e, num futuro próximo, falar sobre as condições de trânsito e de clima no lugar de chegada.

Posicionado em cima do painel do carro, ao centro, a figura do BR23C remete imediatamente ao robozinho de Luke Skywalker em Star wars, o R2D2, que, encravado na nave, apenas com a “cabeça” de fora, dá instruções ao piloto e conversa com ele. Para a Nissan, o futuro próximo — a projeção para que o robô vá às ruas é antes de 2015 — pode até não ter naves espaciais, mas os fiéis companheiros, ao menos, estão garantidos.