| Alexandre Botão/CB/D.A Press |
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 Semicondutor desenvolvido para melhorar a resolução das televisões serve também para a linha de celulares: mesmoem tela minúscula, preocupação total com a imagem |
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Tóquio — Esqueça o iPhone. O supercelular da Apple, de interface revolucionária, não é nada no Japão. Ou algo bem próximo a nada. Toda a construção social em torno dos celulares japoneses é baseada em duas funcionalidades vitais: vídeos e streaming. Navegantes de uma estrutura de telefonia capaz de enviar arquivos gigantescos sem muitos engasgos, os consumidores japoneses se interessam apenas por celulares capazes de girar a tela para visualização na horizontal e que tenham altíssima capacidade de definição em vídeo — inclusive para gravação.
A preocupação nesse aspecto é tanta que empresas investem pequenas fortunas para poder levar uma melhor resolução à diminuta tela. Caso das linhas Viera, da Panasonic, e Aquos, da Sharp. Em relação à Viera, ela foi transportada para os celulares P906i, totalmente voltados para TV e streaming. E ainda garante um bônus ao consumidor. Como todas as transmissões captadas por celulares no Japão são em 15fps (frames por segundo), a empresa gastou um bocado para fazer nascer o Uniphier, que nada mais é que um semi-condutor capaz de dobrar a resolução de imagens em qualquer produto da linha Viera, incluindo os celulares. Nos telefones, a transmissão salta de 15fps para 30fps. Nas TVs, onde o ganho é bem mais perceptível, pula de 60fps para 120fps.
O nível de preocupação com os detalhes de transmissão de vídeo em dispositivos móveis às vezes ultrapassa o limite da imagem e sobe pelos fones de ouvido. Na lógica da Dolby, de nada adianta uma qualidade de tela próxima à das TVs de LCD e plasma se o som é de um rádio de pilha. Faz sentido. Por isso, a empresa readaptou todo o sistema de áudio de determinados aparelhos para obter um ganho maior de qualidade. Essa teoria simples resultou no já tradicional dolby surround adaptado à telefonia móvel. Juntando uma coisa à outra, provavelmente o menor home theater do mundo.
A feira em Tóquio mostrou também que as empresas parecem ter desistido de criar o iPhone killer. Pelo menos para o mercado japonês. A aposta de quem domina esse mercado por lá é segmentar a venda de aparelhos. No estande da Sharp, por exemplo, os lançamentos da telefonia celular estavam divididos por aplicação. Uma seção apenas com business, mais parecidos com diminutos notebooks, outra para audiovisual, a preferida dos japoneses, além das linhas fun (voltada para jogos e internet) e wellness (fitness e alimentação).-->
Tóquio — Esqueça o iPhone. O supercelular da Apple, de interface revolucionária, não é nada no Japão. Ou algo bem próximo a nada. Toda a construção social em torno dos celulares japoneses é baseada em duas funcionalidades vitais: vídeos e streaming. Navegantes de uma estrutura de telefonia capaz de enviar arquivos gigantescos sem muitos engasgos, os consumidores japoneses se interessam apenas por celulares capazes de girar a tela para visualização na horizontal e que tenham altíssima capacidade de definição em vídeo — inclusive para gravação.
A preocupação nesse aspecto é tanta que empresas investem pequenas fortunas para poder levar uma melhor resolução à diminuta tela. Caso das linhas Viera, da Panasonic, e Aquos, da Sharp. Em relação à Viera, ela foi transportada para os celulares P906i, totalmente voltados para TV e streaming. E ainda garante um bônus ao consumidor. Como todas as transmissões captadas por celulares no Japão são em 15fps (frames por segundo), a empresa gastou um bocado para fazer nascer o Uniphier, que nada mais é que um semi-condutor capaz de dobrar a resolução de imagens em qualquer produto da linha Viera, incluindo os celulares. Nos telefones, a transmissão salta de 15fps para 30fps. Nas TVs, onde o ganho é bem mais perceptível, pula de 60fps para 120fps.
O nível de preocupação com os detalhes de transmissão de vídeo em dispositivos móveis às vezes ultrapassa o limite da imagem e sobe pelos fones de ouvido. Na lógica da Dolby, de nada adianta uma qualidade de tela próxima à das TVs de LCD e plasma se o som é de um rádio de pilha. Faz sentido. Por isso, a empresa readaptou todo o sistema de áudio de determinados aparelhos para obter um ganho maior de qualidade. Essa teoria simples resultou no já tradicional dolby surround adaptado à telefonia móvel. Juntando uma coisa à outra, provavelmente o menor home theater do mundo.
A feira em Tóquio mostrou também que as empresas parecem ter desistido de criar o iPhone killer. Pelo menos para o mercado japonês. A aposta de quem domina esse mercado por lá é segmentar a venda de aparelhos. No estande da Sharp, por exemplo, os lançamentos da telefonia celular estavam divididos por aplicação. Uma seção apenas com business, mais parecidos com diminutos notebooks, outra para audiovisual, a preferida dos japoneses, além das linhas fun (voltada para jogos e internet) e wellness (fitness e alimentação).-->