Jornal Estado de Minas

SÉRIE B

Cruzeiro mira reação jogo a jogo, diz Luxa

Após a primeira vitória no comando do Cruzeiro, o técnico Vanderlei Luxemburgo mostrou confiança no crescimento do time e até mesmo na remota possibilidade de acesso à Série A. Faltam 22 rodadas, e a Raposa precisa ter um aproveitamento próximo de 70% para tentar chegar ao G-4, que garante o retorno à elite.



Contudo, o treinador quer pensar partida a partida. O próximo compromisso é contra o Vitória na quarta-feira, às 19h, no Mineirão. “Percebi uma mudança de comportamento. É isso que vai ser até o final da temporada. A gente tem números de jogos suficientes para brigar por uma vaga, mas a gente tem que ir jogo a jogo", disse o treinador.

"Agora, temos dois jogos em casa. Primeiro, temos de pensar no Vitória. Depois, pensar no Sampaio Correa. Em seguida, o Náutico. É jogo a jogo para a gente ir somando pontos para podermos encostar no pessoal da frente", acrescentou. No fim de semana, o Vitória perdeu para o Vasco, por 1 a 0, em Salvador, permanecendo na zona de rebaixamento da competição, com 13 pontos.

Com o triunfo sobre o Brusque, por 2 a 1, o time celeste quebrou jejum de nove duelos sem triunfo e chegou aos 16 pontos. O G-4 ainda está longe. Atualmente, o Avaí é o quarto colocado, com 27 pontos.

"O comprometimento é uma obrigação, o jogador está comprometido com o clube e o clube, com as suas obrigações. Isso é recíproco. Foi o que aconteceu nesta semana. Falei que a maior contratação que o Cruzeiro fez não foi eu, foi colocar os funcionários e os jogadores recebendo. Muda completamente, porque o clube cumpre com as obrigações dele, e os jogadores são obrigados a cumprir. Não que eles estivessem jogando de sacanagem. É emocional, parte psicológica. Isso foi uma coisa muito boa", avaliou o treinador, cuja chegada à Toca previa a regularização dos pagamentos ao plantel.



Autor do primeiro gol do Cruzeiro nos 2 a 1, sobre o Brusque, em Santa Catarina, o ponta Felipe Augusto será desfalque para o próximo compromisso, diante do rubro-negro baiano. Ele entrou na partida de sábado na vaga de Wellington Nem, aos 27 minutos do segundo tempo, e mostrou oportunismo em pouco tempo. Aos 41 minutos, o atacante balançou as redes. Marcinho mandou a bola na cabeça do jogador, que só escorou para o gol. E ainda houve tempo para a virada, com Giovanni.

EM CRISE
O adversário de quarta-feira vive uma enorme crise. O Vitória tem jejum de cinco jogos sem triunfo – quatro derrotas e um empate – e está sem treinador, sendo comandado de forma interina pelo auxiliar Ricardo Amadeu.

O clube convive com situação delicada em função da nova regra da CBF, que estabeleceu um limite para troca de técnicos nas Séries A e B. Cada agremiação pode demitir um treinador. Se dois forem dispensados, obrigatoriamente terá de promover um funcionário que esteja há pelo menos seis meses a serviço da instituição. Acordo entre as partes não configura demissão. O Vitória desligou o técnico Ricardo Chagas em 8 de junho, quando Ramon Menezes assumiu. No início de agosto, dispensou Ramon, mas não informou se houve acordo ou demissão.

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