Jornal Estado de Minas

CRUZEIRO

Série B: veja a matemática do Cruzeiro na luta contra o rebaixamento

Passadas 13 rodadas da Série B, o Cruzeiro somou apenas 11 pontos, com 2 vitórias, 5 empates e 6 derrotas (28,2%), e encara a dura realidade de lutar para não ser rebaixado. Em 17º lugar, o time celeste encara o Vila Nova-GO (13º, com 14), às 16h30 de sábado, em Goiânia. Pressionado no cargo, o técnico Mozart tentará colocar fim a um jejum de sete partidas (quatro empates e três derrotas).





Embora haja tempo hábil para uma reviravolta na Série B, o desempenho da Raposa até o momento indica que a briga será mesmo pela permanência na terceira divisão. A equipe é a mais vazada do campeonato, com 23 gols sofridos, e está há quase um mês sem ganhar - o último triunfo foi em cima do Vasco (2 a 1), em 24 de junho, no Mineirão, pela sexta rodada.

"Os pontos hoje, dentro de uma realidade, não podemos pensar diferente. Precisamos pensar em vencer o primeiro jogo, não ir muito além disso. E pouco a pouco fazer uma estrutura para sair dessa situação e, por consequência, buscar algo melhor lá na frente", afirmou o atacante Rafael Sobis, ao ser perguntado se o Cruzeiro ainda podia almejar o acesso.

O site Probabilidades no Futebol, do Departamento de Matemática da UFMG, calcula que o Cruzeiro tem 46,8% de chances de ser rebaixado. Os números mostram que a campanha ideal para permanecer na segunda divisão é de pelo menos 43 pontos. Ou seja, o time celeste teria de somar 32 dos 75 em disputa (42,6%) - algo como 9 vitórias, 5 empates e 11 derrotas.





Em 2020, o Náutico ficou em 16º, com 44 pontos, porém bastariam 40 para livrar os pernambucanos do descenso, visto que o Figueirense, 17º, encerrou com 39. Conforme os matemáticos da UFMG, a probabilidade de queda de um clube com 40 pontos em 2021 é superior a 64%.

Acesso

Por mais que grande parte da torcida esteja descrente, o Cruzeiro estatisticamente tem possibilidade de retornar à Série A - 1,1%, segundo a UFMG. Isso passaria, claro, por uma mudança repentina de desempenho na competição com muitas vitórias consecutivas. Hoje, o quarto colocado, Goiás, tem 23 pontos, enquanto o líder Náutico está com 26.

A marca de 61 pontos é vista com otimismo pelo Departamento de Matemática da UFMG - 94,8%. Com 64, o índice sobe para 99,6%. A Raposa, portanto, necessitaria de 66,6% a 70,6% de aproveitamento no restante da segunda divisão. Na prática, uma combinação de 15 ou 16 vitórias, além de cinco empates e cinco ou quatro derrotas.

Na Série B de 2020, Juventude e Cuiabá, terceiro e quarto colocados, subiram com 61 pontos. O quinto CSA, que era treinado por Mozart Santos e tinha Rodrigo Pastana como executivo de futebol, obteve 58. Já o Cruzeiro permaneceu distante do topo e terminou em 11º, com 49 pontos.




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