Jornal Estado de Minas

Futebol mineiro

Sinal verde para a Raposa treinar


O Cruzeiro já tem a autorização da Prefeitura de Belo Horizonte para o reinício dos treinamentos na Toca da Raposa II. O documento da Secretaria Municipal de Saúde chegou ao clube na tarde de ontem. Em meio à pandemia de coronavírus, jogadores e comissão técnica serão submetidos a testes de detecção da doença na segunda e terça-feiras. As atividades em grupo, com restrições, serão retomadas na quarta-feira. A PBH listou várias recomendações que deverão ser respeitadas para evitar contaminação dos jogadores e demais profissionais.



Seguindo padrões de clubes da Europa, que começaram a retornar aos trabalhos há alguns dias, o Departamento Médico celeste preparou um protocolo de segurança. Entre as ações estão medição de temperatura dos atletas ao chegar ao CT, testes para verificar possíveis diagnósticos de COVID-19, além de atividades sem aglomerações.

O Cruzeiro paralisou seus trabalhos em 17 de março. Desde então, os jogadores têm tentado manter a forma individualmente. No fim de março, os clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro decidiram dar férias de 20 dias aos elencos, mas o período acabou ampliado por mais 10 dias, até 1º de maio. Desde então, os atletas têm seguido orientações do departamento de preparação física da Raposa.

O secretário municipal de Saúde de Belo Horizonte, Jackson Machado, reforçou as ações que o clube precisará adotar. “Não há motivo de não treinar, desde que todas as medidas sanitárias sejam tomadas, como a testagem dos atletas e das pessoas envolvidas nos cuidados dos atletas e do campo. Nossa equipe de infectologistas está elaborando as normas para que o time possa obedecê-las”, afirmou.



O chefe do Departamento Médico do Cruzeiro, Sérgio Campolina, ressaltou a importância de cumprir todos os protocolos para o retorno aos trabalhos: "O aprendizado da pandemia é diário. E o que dá segurança é seguir os protocolos. Levando em consideração que muitos atletas estão fazendo atividades em casa, você fazer esse mesmo projeto dentro de ambiente controlado é mais seguro. Na verdade, não iremos tirar o atleta da casa e jogá-lo no mundo. Colocaremos eles em um ambiente seguro”.

BAIXO RISCO 

Ele assegura que, sob essas condições, os riscos são minimizados. “Todos os contatos que porventura for ter são pessoas testadas, sob orientação de profissionais capacitados. O que a gente quer é criar um ambiente de segurança para uma volta real. Quando falo para voltar ao clube, não é para voltar a jogar rápido. É para condicioná-lo, trazer para a realidade do esporte. Vejo a volta ao treino para somar, não como algo temerário”, defendeu Campolina.

O número de mortes pelo coronavírus em Minas saltou de 127 para 135 ontem, segundo boletim da Secretaria de Estado de Saúde. O estado investiga 135 mortes. O total de infectados é de 3.733.