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Estado de Minas CAMPEONATO MINEIRO

Venceu, convenceu e ainda virou líder

Em briga direta, América derruba o Tombense, assume a ponta isolada da tabela e segue como único invicto


postado em 01/03/2020 04:00 / atualizado em 29/02/2020 22:36

Mesmo desperdiçando várias oportunidades, Coelho garantiu o 2 a 1 no Horto(foto: JUAREZ RODRIGUES/EM/D.A PRESS)
Mesmo desperdiçando várias oportunidades, Coelho garantiu o 2 a 1 no Horto (foto: JUAREZ RODRIGUES/EM/D.A PRESS)

Ainda recuperando-se da resseca do carnaval, torcedores do América abriram mão dos blocos pós-festa, encararam a chuva fina e o friozinho e foram ao Independência ver o Coelho vencer o Tombense por 2 a 1, pela sétima rodada do Campeonato Mineiro, e garantir a liderança isolada.

No duelo entre a melhor defesa e o melhor ataque, com ambos invictos e na luta pela ponta da tabela, o Coelho não perdeu tempo: com velocidade, troca de passes envolvente e constantes viradas de jogo, logo aos 4min fez 1 a 0 com Ademir. Ele superou os zagueiros, de costas para o goleiro, dominou a bola, fez o pivô, girou e marcou seu quarto gol na competição.

Mesmo se defendendo com duas linhas de quatro, só com Rubens adiantado, o Tombense não se encontrou defensivamente. E, com pouca força de ataque, errava o último passe e tinha dificuldade em superar a defesa americana. Já o América, sem pressa, passou a cadenciar o jogo atrás da melhor chance. Criou muitas e perdeu outras tantas. Mas o futebol agradava à torcida, pela movimentação, toque de primeira e, principalmente, intensidade em momentos estratégicos, como nas roubadas de bola próximo à área.

Assim, o Tombense não conseguia conter a ofensividade americana. Airton foi mais um espectador no primeiro tempo. Já Felipe trabalhou e fez defesas importantes. As finalizações de Felipe Augusto, Ademir, Alê e Rodolfo funcionaram como artilharia pesada para cima do goleiro. O adversário também se mostrava confuso para lidar com a constante troca de posições do alviverde, que trabalhava bem a bola, sem se afobar para definir a jogada. O América tinha domínio, controlava o adversário e encontrava espaço, principalmente pelo lado direito. Apostou bem nas jogadas pelas laterais e triangulações.

Melhor para o para o Coelho, que poderia ter ampliado, e muito, o placar. Mas faltou capricho nas finalizações. “Temos de aproveitar mais as oportunidades, porque estamos criando muito. E aí vencer com tranquilidade”, saiu alertando Ademir no fim da etapa inicial.

Como previra o atacante americano, num vacilo de Diego Ferreira, Gersinho, que tinha acabado de entrar para jogar justamente nas costas do lateral, que apoia muito, houve o cruzamento e Cássio Ortega empatou aos 5min do segundo tempo.

O América, que tinha abusado de perder oportunidades, foi obrigado a buscar a reação, já que o 1 a 1 o manteria na vice-liderança. Mas o sofrimento não se prolongou por muito tempo, ainda que encarasse um adversário que sabe se defender e que passou a se expor menos ainda.

VANTAGEM  

Os jogadores não se abateram, insistiram na busca do desempate e, aos 17min, depois de passe milimétrico de Zé Ricardo, Rodolfo provou o faro de goleador: 2 a 1. Depois, o time ainda desperdiçou mais chances com Ademir, Felipe Augusto, Léo Passos, Geovane e Alê.

Embora feliz com o triunfo, o técnico Lisca cobrou mais eficiência do ataque. “O América tem volume, se não cria, aí é complicado. Mas aprendemos uma lição (sobre o fato de perder tantos gols). Os jogadores podem ter sido desatentos em alguns momentos. Às vezes, pela criação, acham que vão fazer gol quando quiserem, mas o futebol não perdoa, não aceita desaforo. É preciso ser assertivo. O Tombense pode até ser um time sem volume, mas é perigoso”.

Mesmo tendo vencido o Cruzeiro e empatado com o Atlético, foi um dia em que o Tombense não se encontrou, amargando sua primeira derrota na disputa. O técnico Eugênio Souza reconheceu as falhas. “Erramos demais na construção do jogo, não agimos e não reagimos”.

Queria vencer e ser líder e por isso me sacrifico e me mato em campo. Criamos muito, com chances de matar o jogo e, num vacilo, diante de uma equipe forte, quase nos complicamos”
n Alê, meio-campista americano

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