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Estado de Minas CRUZEIRO

Quebrados sigilos de ex-dirigentes


postado em 23/01/2020 04:00

Ex-vice-presidente de Futebol Itair Machado está entre os cartolas que terão contas devassadas(foto: Túlio Santos/EM/D.A Press - 27/5/19)
Ex-vice-presidente de Futebol Itair Machado está entre os cartolas que terão contas devassadas (foto: Túlio Santos/EM/D.A Press - 27/5/19)


A Justiça determinou a quebra de sigilo bancário e de dados digitais de integrantes da antiga diretoria do Cruzeiro. Estão na lista o ex-presidente Wagner Pires de Sá, o ex-vice-presidente de Futebol Itair Machado, o ex-diretor-geral Sérgio Nonato, o ex-diretor jurídico Fabiano de Oliveira Costa e o ex-diretor financeiro Flávio Pena. A Polícia Civil e o Ministério Público já tiveram acesso a e-mails com mensagens e documentos referentes à administração de Wagner Pires, que renunciou em dezembro.

De vários conselheiros remunerados intimados a depor, dois negociam “colaboração premiada” para revelar possíveis irregularidades. As investigações miram, entre outras transações, contratos com empresários e jogadores. Há suspeita de “rachadinha”, já que a diretoria ofereceu constantes reajustes e benefícios extras, à parte dos salários e direitos de imagem de atletas.

Em 15 de janeiro, o promotor Daniel de Sá, responsável pela 11ª Promotoria de Justiça de Combate ao Crime Organizado e Investigação Criminal do Ministério Público, recebeu integrantes do Núcleo Dirigente Transitório do Cruzeiro: o presidente Saulo Fróes, o superintendente jurídico Kris Brettas e o responsável pelas áreas administrativa e financeira, Emílio Brandi. Eles afirmaram que foram somente acompanhar o andamento das investigações.

A antiga diretoria é investigada por suspeitas de lavagem de dinheiro, falsificação de documentos, falsidade ideológica, e quebras de regra da CBF, Fifa e do governo federal. Um dos casos graves era sobre empréstimo de R$ 2 milhões contraído com o empresário Cristiano Richard dos Santos Machado. Para abater o débito, o clube, segundo a Polícia Civil, incluiu parte dos direitos de jogadores, como David (20%), Raniel (5%), Murilo (7%), Cacá (20%), e de outros da base, já negociados. Além disso, o Cruzeiro inseriu participação em possível venda do promissor Estevão William, então com 12 anos, que, pelas leis trabalhistas, só poderá assinar vínculo laboral a partir dos 16.

SUPERFATURAMENTO

A Polícia Civil ainda apura superfaturamento de serviços, notas frias, comissões abusivas para empresários de atletas, aumentos substanciais nos salários de dirigentes, entre os quais Itair Machado, de R$ 180 mil mensais (multa rescisória de R$ 2 milhões), e Sérgio Nonato, de R$ 125 mil mensais (multa de R$ 1 milhão). E também contratações de conselheiros para prestação de serviços e o pagamento a torcidas organizadas.

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