Jornal Estado de Minas

CORAÇÃO

Renato Gaúcho reage bem a nova cirurgia



O técnico do Grêmio, Renato Gaúcho, de 57 anos, passou ontem por um procedimento conhecido como ablação, para correção de arritmia cardíaca. O clube do treinador informou que seu comandante passa bem. A intervenção cirúrgica ocorreu no hospital Copa Star, no Rio de Janeiro. Dirigentes do tricolor acompanharam o procedimento por meio do Departamento Médico do clube. A previsão é de uma recuperação tranquila, sem problemas. Assim, ele deve receber alta ainda hoje, se não houver nenhuma intercorrência.



Renato estava consciente e ficaria em observação por 24 horas. A intervenção foi conduzida pela equipe do médico Eduardo Saad, com o cardiologista Leandro Zimerman, do hospital Moinhos de Vento, e Paulo Rabaldo, do Departamento Médico do Grêmio.

O técnico passou pelo mesmo tipo de cirurgia no início do ano passado. “O procedimento de 2019 havia sido padrão para o tipo de arritmia que ele tem. Faz-se uma espécie de isolamento de uma região do coração por cauterização. O segundo procedimento é checar as linhas de isolamento e encontramos algumas fugas de correntes elétricas. Foram feitas novas cauterizações, um alargamento da área e isolada uma região mais extensa no átrio esquerdo”, detalhou o cirurgião Eduardo Saad.

O procedimento durou em torno de três horas. Zimerman foi o responsável pela intervenção cirúrgica do ano passado e afirma que Renato tem recomendação de permanecer em repouso ao longo da semana. Mas terá rotina normal a partir da nova operação cardíaca, sem restrições. “Estamos extremamente satisfeitos. O cenário foi o melhor possível. O Renato vai retomar a vida dele, estamos bem tranquilos.”



DESDE 2016

Renato convivia há quatro anos com os problemas de arritmia. A fibrilação atrial, distúrbio apresentado pelo treinador, ocorre quando os átrios (câmaras superiores do coração) batem de forma irregular por razão de uma desorganização da atividade elétrica do coração.

O tipo de fibrilação de Renato tem recorrência da arritmia em 30% dos casos depois da primeira ablação. Por isso a necessidade de uma nova cirurgia. O técnico gremista permanece em recuperação no Rio de Janeiro até dia 20, quando se integra à pré-temporada do Grêmio, em Porto Alegre.