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Estado de Minas FUTEBOL MINEIRO

Em meio à crise, união

Grupos celestes de variadas correntes se mobilizam para tentar reerguer o Cruzeiro após a queda. Ações vão da solidariedade a funcionários à pressão sobre a diretoria


postado em 15/12/2019 04:00 / atualizado em 14/12/2019 20:26

Na sexta-feira, torcedores fizeram manifestação na sede cobrando a renúncia do presidente(foto: LEANDRO COURI/EM/D.A PRESS)
Na sexta-feira, torcedores fizeram manifestação na sede cobrando a renúncia do presidente (foto: LEANDRO COURI/EM/D.A PRESS)

Com o Cruzeiro em situação financeira caótica, sócios e conselheiros de variadas correntes dentro do clube se organizam para ajudar a Raposa a se reerguer. De busca por recursos para manter os principais jogadores depois da queda para a Segunda Divisão do Brasileiro e contratar reforços à doação de cestas básicas a funcionários que ganham menos, as iniciativas se multiplicam, mostrando que ao menos para unir os fãs celestes a crise está servindo.

O próximo passo é conseguir centralizar todas as ações para que o time consiga atravessar o momento conturbado. E isso passará pelo fim do impasse criado entre os que querem manter Wagner Pires de Sá na presidência e os que defendem a saída do mandatário e de todos os membros da diretoria, com a convocação de eleições gerais.

Essas mobilizações ocorrem em meio a intensa turbulência política. Amanhã, o presidente em exercício do Conselho Deliberativo, José Dalai Rocha, pretende se reunir com o presidente Wagner Pires de Sá e com os vices Hermínio Lemos e Ronaldo Granata. Se eles não aceitarem renunciar, será convocada reunião do Conselho Deliberativo para votar o afastamento da atual diretoria.

Um grupo de cruzeirenses, por exemplo, começou a se mobilizar na internet para ajudar os funcionários que recebem até dois salários mínimos e estão com os pagamentos atrasados. A intenção é abrir uma conta exclusiva para que doações sejam depositadas, e o dinheiro usado para comprar cestas de Natal, minimizando o sofrimento nesta época especial do ano. Um dos responsáveis pela ideia é Edinho Potsch, conselheiro cruzeirense. Ele estima em 500 os funcionários e promete prestar contas de tudo.

Já o empresário Bruno Vicintin, ex-vice-presidente de futebol do Cruzeiro na gestão de Gilvan de Pinho Tavares, vai doar 300 cestas básicas para esses empregados. As entregas deverão ocorrer nesta semana.

Na sexta-feira, uma carta assinada por “funcionários do Cruzeiro Esporte Clube” circulou nas redes sociais. Nela, há apelo ao presidente Wagner Pires de Sá para tomar alguma atitude que solucione os problemas financeiros e regularize o pagamento de salários, FGTS, férias e 13º.

“Funcionários trabalhando arrastados, doentes, tristes, alguns com problemas familiares e sem qualquer perspectiva de melhora. Hoje, nos corredores, não mais comemoramos vitórias. Perguntamos uns aos outros 'quando iremos receber?', 'o salário será parcelado?'. O sentimento de tristeza está estampado no rosto de cada colaborador”, diz o texto.

VELHA-GUARDA

Formado por gente com muita história no clube (entre ele, os ex-presidentes do Conselho deliberativo José Ramos e Osmando Almeida, além do conselheiro Rafael Brandi), um grupo quer reviver os Cardeais Celestes, que tanto ajudaram o Cruzeiro nos anos 1970. A primeira reunião foi feita na sexta-feira,  num restaurante em Belo Horizonte, e eles devem voltar a se encontrar amanhã.

A intenção é ajudar no que for possível. Afinal, a equipe corre o risco de perder jogadores no início de janeiro se completar três meses sem pagar salários, ficando sem time para as competições que disputará em 2020: Campeonato Mineiro, Copa do Brasil e Série B do Campeonato Brasileiro.

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