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Estado de Minas REBAIXADO

Mancha imortal nas páginas heroicas


postado em 09/12/2019 04:00 / atualizado em 08/12/2019 23:26

(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
 
(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
 
(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)


A temporada em que o Cruzeiro rezou de A a Z a cartilha do rebaixamento terminou ontem com uma mancha indelével nas páginas heroicas e imortais do clube. O maior campeão da história da Copa do Brasil, tetracampeão Brasileiro – sendo quatro troféus nacionais nos últimos seis anos – jogará a Série B pela primeira vez em sua história no ano que vem, logo na véspera de seu centenário.

Foi um vexame dentro e fora das quatro linhas em um Mineirão que recebeu pouco mais de 27 mil torcedores – menos da metade da capacidade do Gigante da Pampulha. Em campo, um time inofensivo, inoperante, incapaz de criar ou de exibir qualquer organização tática que pudesse resultar em gol – o que, em certa medida, reflete as mudanças de filosofias de quatro técnicos diferentes ao longo de 38 rodadas e, principalmente, a desordem nos bastidores do clube, afundado em denúncias e alvo de investigações.

Nas arquibancadas, a esperança e a fé foram esvaindo a cada passe errado, tropeços e chutes para fora. Vindo de quatro derrotas e apenas dois gols em oito jogos, o único momento de alívio da torcida celeste foi o gol do Botafogo sobre o Ceará, quando o cronômetro marcava 39min no Mineirão. O gol fazia o Cruzeiro depender apenas de si – e, aí, estava o problema.
 
(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
 
A fagulha de esperança, entretanto, apagou aos 12min do segundo tempo, com o gol de Zé Rafael, e depois com Dudu, aos 39min. Os últimos minutos foram de bombas, correria, cadeiras quebradas e gritaria. A preocupação com a segurança fez com que os torcedores deixassem o campo mais cedo, antes do apito final do árbitro Marcelo de Lima Henrique.

Mas seria injusto reduzir a relação entre Cruzeiro e torcida às cenas de barbárie que ocorreram pós-rebaixamento, no Mineirão. Muitos torcedores deixaram o estádio chorando, lamentando a queda inédita. São quase 10 milhões de cruzeirenses que sofreram com o descenso e que, no ano que vem, terão de levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima apoiando o time. O caminho do purgatório é longo, mas histórias recentes de clubes como Corinthians, Palmeiras e Athletico mostram que é possível voltar mais forte – desde que organizado internamente. O Cruzeiro começa, a partir de hoje, uma longa luta para voltar à prateleira de cima do futebol brasileiro no ano de seu centenário, em 2021.
 
 

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