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Estado de Minas

Para pôr fim ao jejum

Tite afirma que a Seleção está sendo reinventada para alcançar resultados expressivos. E vai tentar encerrar a sequência sem vitórias contra Argentina, que tem o retorno de Messi


postado em 15/11/2019 04:00 / atualizado em 14/11/2019 19:35

Suspenso pela Conmebol por três meses, Messi não joga pela Seleção Argentina desde a Copa América(foto: Jaime Reina/AFP)
Suspenso pela Conmebol por três meses, Messi não joga pela Seleção Argentina desde a Copa América (foto: Jaime Reina/AFP)

Com a meta de encerrar no amistoso contra a Argentina, hoje, às 14h (de Brasília), em Riad, na Arábia Saudita, um incômodo jejum de quatro partidas sem vitórias, que começou após a conquista do título da última Copa América, o técnico Tite minimizou um pouco o peso desta sequência mais recente ao valorizar o seu bom retrospecto em jogos oficiais (válidos por competições) à frente da Seleção Brasileira.

 

Depois de ter assumido o comando do time nacional em junho de 2016, no lugar do demitido Dunga, o treinador conduziu a equipe a uma grande campanha nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. No Mundial na Rússia, acabou amargando a eliminação nas quartas de final diante da Bélgica, mas neste ano festejou uma espécie de "volta por cima" com a conquista da Copa América.

 

"São etapas que acontecem, situações, e temos que analisar cada uma delas. Queremos resultados e não estamos satisfeitos. Mas também sei que é uma etapa, e os resultados de todos os momentos nesta etapa de preparação é o menos importante. Nas Eliminatórias teve resultado? Teve. Na Copa do Mundo? Não. Na Copa América? Teve. Sei das etapas e sei da responsabilidade do técnico da Seleção", afirmou o treinador, em entrevista coletiva ontem, em Riad.

 

Tite já comandou a Seleção em 46 partidas, sendo que metade delas foram amistosos. Foram três empates depois da Copa América: um por 2 a 2 com a Colômbia e dois por 1 a 1 com Senegal e Nigéria, além de uma derrota por 1 a 0 para o Peru. A sequência voltou a colocar em xeque o trabalho do treinador, mas ele lembrou que não pode levar em conta apenas o retrospecto mais recente.

 

"São 23 jogos oficiais, traduzindo em números (o retrospecto). Sem fingir modéstia, me orgulha a forma de a equipe jogar, tem média de 2,2 gols por jogo. Desses 23, foram 17 vitórias. A equipe gosta de jogar, propõe, é alegre sem ser irresponsável. A ideia está bem clara nesses 23 jogos", ressaltou Tite.

 

REINVENÇÃO Em seguida, porém, o comandante reconheceu que ele e a própria Seleção Brasileira estão passando por um processo de reinvenção na busca para atingir resultados expressivos neste ciclo que visa principalmente à Copa do Mundo de 2022, no Catar.

 

"Agora a equipe está num período de se reinventar, ela e seu técnico, eu me reinventando em cima de novos jogadores. Estamos nos reinventando para uma competição que vem em seguida. Mas dentro de uma ideia", completou o técnico, se referindo às Eliminatórias para o Mundial de 2022, que começarão em março do próximo ano.

 

Depois de encarar a Argentina, o Brasil terá pela frente a Coreia do Sul na terça-feira, em amistoso que ocorrerá em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. Será o último compromisso da equipe nacional na temporada, na qual a Seleção acumula sete vitórias, seis empates e uma derrota. 

 

No total, desde quando assumiu a Seleção, Tite contabiliza 33 triunfos, 10 empates e três revezes, um aproveitamento de 78,9%.

 

 

O retorno de La Pulga

 

Sem Neymar, que ficou fora da convocação do técnico Tite por causa de uma lesão muscular, os holofotes estão em cima de Lionel Messi para o confronto entre Brasil e Argentina.

 

Será o 11º jogo de Messi contra o Brasil em sua carreira. E o retrospecto é favorável aos brasileiros. O argentino sofreu seis derrotas, ganhou três partidas e empatou uma, com quatro gols marcados.

 

O último encontro foi na semifinal da Copa América, em 2 de julho, no Mineirão. A Seleção de Tite superou os argentinos por 2 a 0, com gols de Gabriel Jesus e Roberto Firmino. A partida gerou revolta da Argentina em relação ao árbitro equatoriano Roddy Zambrano, que teria deixado de assinalar dois pênaltis.

 

O craque da Seleção Argentina era o mais irritado. Messi bateu forte na Conmebol, dizendo que eles não iriam fazer nada porque o “Brasil controlava tudo”. A declaração custou três meses de suspensão. O atacante volta justamente no amistoso de hoje.

 

Histórico Os quase 13 anos de confrontos de Messi contra o Brasil têm altos e baixos. Se em 9 de junho de 2012 ele teve uma atuação histórica ao marcar três gols na vitória por 4 a 3 em amistoso nos Estados Unidos, o argentino também acumula alguns dissabores contra os brasileiros.

 

Na final da Copa América de 2007, na Venezuela, a Seleção Brasileira bateu a Argentina por 3 a 0. Dois anos depois, em 2009, em partida válida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo da África do Sul, o Brasil venceu novamente, agora em Rosário, cidade onde Messi nasceu, por 3 a 1. Outro capítulo negativo para o craque foi o Superclássico das Américas de 2014, disputado na China. O argentino errou um pênalti e viu o Brasil vencer por 2 a 0.

 

Em 2017, em amistoso realizado na Austrália, a Argentina venceu por 1 a 0, primeira derrota de Tite à frente do Brasil. 

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