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Estado de Minas CAMPEONATO BRASILEIRO

Atacar ou esperar o Corinthians, dilema alvinegro fora de casa

No duelo com o Corinthians, técnico do Atlético faz mistério sobre opção tática, mas frisa que time tem de voltar a vencer. Dúvida está entre postura agressiva ou reativa


postado em 31/08/2019 04:00

O zagueiro Igor Rabello está confirmado para o confronto no Itaquerão: Galo vai completo para briga direta por posição na tabela do Brasileiro(foto: Fernando Michel/Divulgação - 27/1/19)
O zagueiro Igor Rabello está confirmado para o confronto no Itaquerão: Galo vai completo para briga direta por posição na tabela do Brasileiro (foto: Fernando Michel/Divulgação - 27/1/19)


Um time agressivo, que tenta roubar a bola com intensidade e finaliza muito ao gol adversário. Essa filosofia de jogo adotada pelo Atlético depois da Copa América fez a equipe crescer de rendimento e ganhar ainda mais prestígio com seu torcedor, sempre adepto de formações bem ofensivas. Porém, o Galo apresentou diante do La Equidad, na altitude de Bogotá, outra opção tática capaz de ser eficiente e que, ao mesmo tempo, transmite segurança: uma formação compacta, que recua as linhas e espera o rival atacar para depois investir no contra-ataque. Os dois modelos são bem-vistos pelo técnico Rodrigo Santana e estão na pauta para os próximos jogos, com o objetivo de os mineiros se darem bem no Brasileiro e na Sul-Americana, duas frentes em que a equipe apostará até o fim da temporada.

A estratégia a ser usada diante do Corinthians, amanhã, às 19h, no Itaquerão, pela 16ª rodada do Nacional, por enquanto ainda é uma incógnita. Rodrigo Santana evita dar pistas ao adversário, até porque o Galo entra com a necessidade de vencer e se reabilitar em São Paulo. O alvinegro mineiro, que caiu para o sexto lugar, ultrapassado por São Paulo e Corinthians, foi derrotado nas duas últimas rodadas da competição e perdeu o contato com os líderes – a distância para o Flamengo foi a seis pontos no fim de semana.

“Colocamos um pouco de foco na Sul-Americana, como é jogo de copa e não poderíamos errar. Precisamos reagir no Brasileiro. Se tivéssemos perdido o jogo contra La Equidad, na Colômbia, seria mais difícil voltar ao Brasil para nos reabilitarmos no Brasileiro. Mas precisamos reagir. Até a 14ª rodada, estávamos no grupo da Libertadores. Agora, precisamos voltar. Quanto mais pontos conquistarmos fora, melhor”, ressalta o treinador, que obteve 66,6% de aproveitamento depois de efetivado no comando da equipe, após a Copa América.

O volante Jair também não revela a estratégia, mas sabe que é preciso haver equilíbrio entre defender e atacar bem para a equipe sair com os três pontos do Itaquerão: “Cada jogo é uma história diferente. Na altitude, é difícil jogar. Às vezes, roubávamos a bola e faltava algo mais para sair para o jogo. Mas fizemos um jogo inteligente. Estamos fazendo excelentes partidas. Temos de buscar o alto nível, e nessa próxima partida precisamos fazer o que mostramos até aqui para sair com o resultado positivo”.

Um dos pontos favoráveis ao Atlético na vitória sobre o La Equidad na Colômbia foi saber se posicionar quando o adversário estava com a bola – o rival teve posse de 76%, aspecto quase incomum nos duelos do alvinegro sob o comando do atual treinador. A situação tende a ser repetida diante do Corinthians, que costuma explorar bem o fator campo, tomar conta da partida em casa e não dar espaço aos visitantes.

Galo e Timão, por sinal, vivem situações parecidas na temporada: estão na mesma faixa do Brasileiro (brigam por vaga na Libertadores) e estão vivos na Copa Sul-Americana. Mineiros e paulistas têm chance de até fazer a decisão do torneio continental, em 9 de novembro, em confronto único, no Paraguai. Enquanto o Galo passou pelo La Equidad, o Timão eliminou o Fluminense na noite de quinta-feira, com empate por 1 a 1, no Maracanã. “São campanhas parecidas. As duas equipes estão com foco Sul-Americana, um jogo de seis pontos. Eles têm a vantagem de jogar em casa e contam com grandes jogadores. Precisamos somar ponto e voltar nosso foco com o Brasileiro. Esperamos fazer um jogo bastante equilibrado”, avisa Rodrigo.

ZAGUEIRO

O Atlético terá time completo no Itaquerão. Havia certa preocupação com o zagueiro Igor Rabello (único jogador de linha que atuou por 90 minutos contra Bahia e La Equidad), mas ele respondeu bem nas sessões de recuperação e estará em campo na noite de amanhã. Como o Galo terá duas semanas cheias sem partidas no meio de semana, a comissão técnica não poupará nenhum titular em São Paulo.


Clássicos e briga até pela ponta

Vice-líder em campo, duelo de tricolores e time disposto a dar a volta por cima após a eliminação na Libertadores. Não faltam ingredientes atrativos nos confrontos de hoje que abrem a 17ª rodada do Campeonato Brasileiro. Depois de perder a dianteira para o Flamengo na rodada anterior, o Santos pode retomar a posição até mesmo com empate com a Chapecoense, às 19h, na Arena Condá. A equipe catarinense aparece na zona de rebaixamento e perdeu oito dos 16 jogos na competição.

Mas houve queda de rendimento do Peixe pós-Copa América. No último duelo, empatou com o Fortaleza por 3 a 3, na Vila Belmiro, depois de abrir 3 a 0 – antes havia perdido para São Paulo (3 a 2) e Cruzeiro (2 a 0). “A gente tinha pressão quando estávamos na liderança e temos pressão agora que a gente saiu. Vamos ter de retomar ao nosso futebol e aos grandes jogos, para que a gente possa voltar à primeira posição. O campeonato é longo, mas temos de estar coladinhos ali na frente”, afirma o atacante Marinho.

A partida entre São Paulo e Grêmio, às 11h, no Morumbi, promete ser das mais disputadas de hoje. Em evolução, o tricolor paulista pode chegar aos 33 pontos do atual líder, Flamengo, caso triunfe. O time de Cuca enfrentará um adversário embalado pela classificação na Libertadores, com direito à vitória sobre o Palmeiras por 2 a 1, no Pacaembu. No Nacional, a situação do Grêmio ainda é instável – na zona intermediária, longe dos líderes.

Diferentemente do arquirrival no Sul, o Internacional tenta se levantar depois de cair na Libertadores para o Flamengo. O Colorado busca vaga entre os quatro primeiros e encara o Botafogo, às 21h, no Beira-Rio. O time de Oldair Helmann sofre pressão para conquistar o Nacional, algo que não ocorre desde 1979. Embalado pela vitória sobre o Atlético, fora de casa, o Bahia tem a chance de avançar na classificação contra o penúltimo colocado, CSA, às 17h, em Fonte Nova. E o Athletico deve poupar seus titulares contra o Ceará, às 19h, na Arena da Baixada, já que o objetivo é ter um time forte no duelo com o Grêmio, no meio de semana, pela Copa do Brasil.
 
 

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