Jornal Estado de Minas

Atlético

Jejum que incomoda


A fase não é das melhores, o que acentua a cobrança da torcida a cada partida. Ainda que o coletivo do Atlético esteja cumprindo os objetivos de ficar no grupo de cima do Campeonato Brasileiro, Ricardo Oliveira está em dívida com a Massa. Um dos mais experientes do grupo, o atacante de 39 anos não balança as redes há mais de 1 mil minutos (15 jogos de jejum) em seu pior momento na carreira. Por outro lado, o jogador vem tentando ajudar a equipe de outra forma: com assistências, marcação e passes milimétricos.
 
Foi dele o lançamento para o armador Vinícius marcar o primeiro gol na vitória de 2 a 0 sobre o Cruzeiro, no Independência, que manteve o Galo próximo dos líderes do Brasileiro. Por orientação do técnico Rodrigo Santana, ele tem deixado de ser um clássico camisa 9 e se movimentando mais nos últimos jogos, deixando de ficar preso entre os zagueiros na área adversária.
 
Ricardo Oliveira tem mais uma chance de fazer as pazes com o gol e presentear a torcida: ele deve ser titular novamente contra o Fluminense, amanhã, às 21h, no Independência, pela 14ª rodada. Independentemente de balançar as redes ou não, ele está certo de que o mais importante é ajudar seus companheiros a conquistar os três pontos: “Claro que meu objetivo principal é marcar gol. Mas sou um cara de time. Tenho contribuído com assistências, com a marcação.
Tento valorizar o crescimento coletivo. Os resultados é o que importa no futebol. E eles estão vindo”.
 
E não é só Ricardo quem vive jejum de gols. O reserva Alerrandro marcou pela última vez no empate com o São Paulo por 1 a 1, em 13 de junho, antes da parada para a Copa América (foram quatro jogos sem balançar as redes). Mesmo tendo poucas chances, o também reserva Papagaio não fez gol com a camisa alvinegra. O clube contratou o argentino Franco di Santo, de 30, para ser uma opção ofensiva a mais para a comissão técnica.
 
Ricardo Oliveira sabe que precisa cumprir as obrigações defensivas para que a equipe possa engrenar da melhor forma: “O centroavante faz parte de um sistema coletivo em que todo mundo tem de marcar e atacar. Assim, como quando nós fazemos gol, a bola sai lá do goleiro e todo mundo participa.
Precisamos também defender. Sei do meu potencial, do que posso fazer. Enquanto a bola não entra, o que me deixa satisfeito é a participação como um todo. Isso é bem legal. Quando a fase está boa, eu não tiro os pés do chão.

DÚVIDAS O lateral-esquerdo Fábio Santos e o volante Jair podem desfalcar a equipe contra o Fluminense. O primeiro sofreu um entorse no tornozelo esquerdo e está em tratamento no Departamento Médico. Caso não jogue, o uruguaio Lucas Hernández ocupará a vaga. Já o volante não havia ido a campo na quarta-feira e ontem participou apenas do aquecimento com os companheiros.
Em seguida, fez trabalho na academia. O volante tem sido titular com frequência nos últimos compromissos e vem se queixando de desgaste físico. A opção para a posição é o paraguaio Ramon Martínez. O goleiro Victor segue o trabalho no campo, depois de ficar em recuperação de tendinite no joelho esquerdo, mas deve aprimorar os fundamentos até ser liberado para jogar.


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