(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas

Jair, o ponto de equilíbrio


postado em 26/07/2019 04:09

O volante Jair virou titular do Atlético e tem se destacado pelas roubadas de bola e o acerto nos passes(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
O volante Jair virou titular do Atlético e tem se destacado pelas roubadas de bola e o acerto nos passes (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)


O futebol costuma enaltecer quem aproveita seus 15 minutos de fama, mas também distingue aqueles que mantêm a regularidade. O volante Jair pode ser encaixado nos dois exemplos, o que ajuda a explicar seu crescimento em pouco mais de sete meses de Atlético. A primeira impressão deixada pelo jogador de 24 anos aos torcedores alvinegros foi um belo gol por cobertura nos 4 a 0 sobre a URT, em janeiro, no Independência. Agora, ele vem se tornando o ponto de equilíbrio da equipe de Rodrigo Santana, com bons números nas roubadas de bola e no acerto de passe.

Gaúcho de Ibirubá, Jair teve o estilo de jogo comparado ao do pentacampeão mundial Gilberto Silva pelo presidente Sérgio Sette Câmara. Ele ganhou de Rodrigo a oportunidade de ser titular no segundo clássico contra o Cruzeiro, pela Copa do Brasil, e não saiu mais da equipe. Além de se destacar contra o maior rival, teve boa participação na vitória sobre o Botafogo por 1 a 0, no Rio, que deixou o Galo em situação favorável para o jogo de volta da Copa Sul-Americana, quarta-feira que vem, no Independência.

Coincidentemente, Jair vem ocupando o lugar de outro gaúcho, Adilson, que recentemente se aposentou dos gramados por causa de problema cardíaco. O jogador começou sua trajetória na base do Grêmio, em 2011. Logo despertou o interesse do Internacional e se transferiu para o Beira-Rio, onde subiu para os profissionais. A partir daí, foram vários clubes de menor expressão – Rio Verde-GO, Boa, Veranópolis, Juventude e Sport – até chegar ao Atlético no começo desta temporada. O clube mineiro pagou R$ 1,6 milhão ao rubro-negro pernambucano para ficar com o volante.

Rodrigo Santana avalia que Jair tem sido essencial para a compactação defensiva da equipe: “Admiro muito o futebol do Jair. Ele tem este privilégio de jogar como primeiro ou segundo volante, mas gosto mais do Jair por trás da linha da bola, quando vem com ela dominada. Ele é muito criativo, consegue achar passes entre as linhas do adversário. É um cara muito inteligente, sabe fazer as infiltrações, se posicionar no espaço que o adversário deixa, sempre com a tranquilidade. O Adilson era um atleta que dava muita qualidade na saída de bola, e com a saída dele o Jair também tem essa qualidade”.

No Sport, o volante viveu situação ruim com a diretoria por causa do atraso no pagamento de salários, luvas e direitos de imagem e acionou a Justiça do Trabalho para obter a liberação. A proposta do Galo veio no momento certo. Em praticamente uma temporada, o volante saiu da Série D (divisão que o Juventude disputou na temporada passada) para a elite nacional.

PRESERVADO Como os demais titulares, Jair deve ser preservado contra o Goiás, domingo, às 19h, no Serra Dourada, pelo Campeonato Brasileiro, em outra frente que o Atlético trabalha nesta temporada. Mesmo que as atenções estejam voltadas para a Sul-Americana, o objetivo no cerrado é ao menos conquistar um empate para manter a equipe entre os primeiros colocados.

TRÊS PERGUNTAS PARA...
JAIR, volante do Atlético

1) Você vem ganhando espaço na equipe. A que se deve esse crescimento individual? Qual é a parcela de contribuição do Rodrigo Santana?
Acredito que tivemos uma mudança de postura nos últimos quatro jogos em que não fomos derrotados. O crescimento coletivo é resultado do empenho nos treinos e por respeitarmos o que o Rodrigo pede.

2) Quem é seu ídolo no futebol?
Nunca tive um ídolo específico, admiro muito os maiores jogadores de futebol. Como referências, posso dizer que atletas como Iniesta ou Busquets sempre me inspiraram.

3) Você teve base no Grêmio e no Inter e depois rodou o Brasil até chegar ao Galo. Qual dessas experiências foi a mais marcante?
Todas elas foram importantes. A escola no Grêmio e no Inter, as experiências nos demais clubes, as últimas passagens por Juventude e Sport e a minha realidade no Galo me transformaram no que sou hoje. Devo muito a todas essas oportunidades e me dediquei por completo em cada uma delas.
 
 

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)