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Estado de Minas

Se não atacar vai levar um sacode do River


postado em 21/07/2019 04:16

Terça-feira tem River Plate x Cruzeiro, no Monumental de Núñez, palco da final da Copa do Mundo de 1978. É Copa Libertadores e o bicampeão Cruzeiro vai encarar o atual bicampeão River, que tem quatro conquistas. Sob o comando de Marcelo Gallardo, cotado para dirigir a Seleção Argentina, são os dois últimos títulos. Ele tem o time e o grupo nas mãos, e com certeza vai forte pra cima do time azul. É sabido que o Cruzeiro joga muito bem esse tipo de competição. Preocupa-me o defensivismo do time de Mano Menezes, que jogou por uma bola contra o Galo, pela Copa do Brasil, e quase se deu mal.

Com um atacante que lembrou o “cone” da Copa do Mundo de 2014, o time da Toca da Raposa foi presa fácil e só não foi eliminado porque Fábio, o melhor goleiro do país há 10 anos, fez três defesas milagrosas. É sempre ele quem garante os resultados mais importantes, porém, uma hora não dá certo e o time corre o risco de eliminação. Não será nem um pouco fácil passar por esse River, na Argentina ou em BH. É uma equipe fria, que sabe a hora de vencer um jogo. Finge-se de morto e pega o coveiro.

O Cruzeiro fez um bom jogo diante do Galo, no Mineirão, quando marcou três gols, mas tem sido instável, com futebol pobre e poucos recursos ofensivos. Não adianta ficar atrás demais, pois o adversário vai martelando e acaba vencendo. A sorte de Mano é que ele conquistou duas Copas do Brasil seguidas e está na semifinal de mais uma. Isso garante seu emprego, mesmo com esse futebol ruim, que não é característica do clube. O Cruzeiro tem em sua origem a categoria, o toque de bola, o futebol refinado. Com Mano, esqueçam. Será assim até o dia em que o torcedor se cansar e pedir sua saída. Ele é competente somente nesse tipo de esquema, por isso, não deu certo na Seleção Brasileira. Em dois anos no comando, nosso futebol caiu de forma assustadora, culminando nos 7 a 1 que a Alemanha impôs a Felipão.

O fato de jogar em casa a partida de volta empolga os torcedores. Porém, se levar um sacode no jogo de ida, nada feito. O caldo terá entornado. Espero ver um Cruzeiro propondo algo mais ofensivo. Se ficar se defendendo, como fez contra o Galo, vai voltar com dois ou três gols no lombo, e aí acaba o sonho do tri da Libertadores.


Galo

Restou o Brasileirão, num ano em que nem o título mineiro ele conseguiu ganhar. Claro que não acredito que este Atlético de Luan, Patric e Fábio Santos será campeão brasileiro. Sem chance. Mas, se mantiver a boa campanha, até aqui de forma surpreendente, pode pintar uma vaga na Copa Libertadores. O time é muito limitado e sem imaginação. A volta ao Horto, conforme pedi desde que levaram os jogos da Libertadores para o Mineirão, foi um acerto. Naquele caldeirão, o time conseguiu suas principais vitórias e títulos, sob o comando do maior e mais vencedor presidente da história do clube, Alexandre Kalil.

Sei que tem alguns abutres do passado rondando o clube. Que a atual diretoria se imponha e não deixe essas aves de mau agouro se aproximarem. Já fizeram mal demais ao alvinegro. Com um time mediano, igual a outros 15 Brasil afora, o Atlético vai cumprindo sua missão neste ano, sem grandes perspectivas.

Tem um diretor de futebol, o homem que está mandando muito, Rui Costa, que ficou oito anos no Grêmio sem ganhar absolutamente nada. Bastou Renato Gaúcho chegar, não querer trabalhar com ele, que o time gaúcho ganhou Copa do Brasil e Libertadores. Ter gente vencedora no comando é sempre muito bom. Tomara que Rui Costa acerte o ponto no Galo e leve o clube aos títulos desejados. Ate aqui, acumula fracassos.


Níver Galvão

Meu amigo-irmão Galvão Bueno, maior narrador da história deste país, completa 69 anos, hoje, com festança no Sul. Convidado, não pude estar lá, mas meu coração e o de minha família estão com ele, nesta data tão importante. Vida longa a este vendedor de emoções. O futebol ainda precisa, e muito, de sua voz e de sua vibração nas narrações esportivas. Parabéns, irmão, Deus te abençoe com muita saúde, ao lado de sua amada, nossa madrinha, Desireé Bueno. Beijo no coração.

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