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Torcedor celeste riu por último


postado em 12/07/2019 04:07

Cruzeirenses em noite de festa: além da goleada sobre o rival, volta da confiança no time. Do lado atleticano, revolta com atuação da equipe(foto: Fotos: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Cruzeirenses em noite de festa: além da goleada sobre o rival, volta da confiança no time. Do lado atleticano, revolta com atuação da equipe (foto: Fotos: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
  

Havia grande expectativa sobre como se comportariam as duas torcidas, principalmente quanto à crise administrativa cruzeirense. Pois os atleticanos não perdoaram. Provocaram antes da partida, gritando “Maria Caloteira, Maria Caloteira...” e “Segunda Divisão, Segunda Divisão...”, numa referência à presença do time na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Mas será que os torcedores celestes responderiam à altura? Não. Mesmo em maioria, os cruzeirenses se limitaram aos gritos tradicionais, como “Franga, eu sei que você treme”.

O ânimo, porém, não demoraria para mudar. Com os 2 a 0 para o Cruzeiro no primeiro tempo, os fãs celestes festejavam. “Pensava que poderíamos ganhar por dois gols e que já seria muito, pelo momento do time, mas hoje está demais”, comemorava Nicolas Henrique de Souza, de 42 anos.

Ainda assim, havia quem fazia questão de frisar que o triunfo não apagaria a imagem negativa da diretoria. “Ganhar por qualquer placar não abafa os últimos acontecimentos e nem pode. Se fizer 3 a 0, já terá decidido”, afirmava, profeticamente, o taxista Jessé Miranda Siqueira, de 52 anos. “Mas não podemos esquecer a crise e que os culpados sejam punidos”.

Já do lado atleticano, a derrota parcial recebia críticas. “Vergonha. Esse 2 a 0 é demais. O Atlético não consegue finalizar a gol. O Alerrandro não ganha uma bola sequer. O time não arrisca de fora da área. Não decide”, reclamava o educador físico Leandro César da Silva, de 22 anos. Ele assegurava que não perderia a esperança. “Independentemente do que acontecer aqui, no Independência será outro jogo. As coisas serão diferentes e o Galo pode, sim, fazer o placar e avançar na Copa do Brasil.”

No segundo tempo, o terceiro gol amplia a festa celeste. Os atleticanos se calam. Ao fim, um grupo que se reúne sempre depois dos jogos no estacionamento do Mineirão, batizado Confraria Celeste, exaltava a atuação do time e elogiava a ousadia do técnico Mano Menezes. “Ele fez certinho ao escalar o Pedro Rocha e deixar o Fred no banco. O técnico do Atlético não esperava por isso. O Mano surpreendeu e matou o jogo”, analisava Sidney Castro, arquiteto, de 56 anos.

Pulando sem parar, a administradora Vanessa Ferreira, de 38 anos, projetava o domínio também fora de casa. “O Cruzeiro vai fazer mais bonito ainda no Independência. Os jogadores vão levar o que nossa torcida fez hoje na memória. A equipe jogou muito bem, mesmo com a crise nos bastidores. A vitória não abafa a crise, pelo contrário. Tem de tirar a diretoria, sem dó. E limpar a imagem do clube.”

ESPERANÇA Para atleticanos, a mítica do Horto mantém viva a crença em pelo menos devolver o placar, levando aos pênaltis. “Aí, o São Victor resolve”, dizia o vendedor Cláudio Batista dos Santos, de 31 anos, confiante na virada. O corretor de imóveis Arthur Coimbra de Jesus, de 43 anos, preferiu ser crítico. “Tem de mudar muita coisa. O Atlético não existiu como time. Não foi Galo. Não brigou. Tem de acertar esse meio-campo. É muito fraco. E não tem jogadas de ataque”.

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