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Filosofias em jogo

Confronto entre Cruzeiro e Atlético pela Copa do Brasil opõe estilos distintos dos treinadores e será teste para confirmar reação celeste ou fase alvinegra em alta


postado em 09/07/2019 04:05

Mano Menezes completará três anos à frente da Raposa no fim deste mês (foto: VINNICIUS SILVA/CRUZEIRO)
Mano Menezes completará três anos à frente da Raposa no fim deste mês (foto: VINNICIUS SILVA/CRUZEIRO)

Já se passaram 80 dias desde que Cruzeiro e Atlético fizeram dois jogos muito equilibrados na decisão do Campeonato Mineiro, com final feliz para a torcida celeste. Daquele 20 de abril até hoje, muita coisa mudou para os rivais, que vão se enfrentar quinta-feira, às 20h, no Mineirão, no confronto de ida das quartas de final da Copa do Brasil.

Os duelos vão opor treinadores com trajetórias bem diferentes. Mano Menezes, comandante celeste, de 57 anos, completa no fim deste mês três anos no cargo. Já Rodrigo Santana, de 37, assumiu o alvinegro apenas em abril. Têm filosofias distintas: enquanto o cruzeirense aposta mais em priorizar a defesa, o atleticano se sente mais à vontade propondo o jogo.

No time azul, a euforia pelo título estadual agora dá lugar a um princípio de crise, principalmente pela situação difícil nos bastidores, com a diretoria acusada de crimes e irregularidades. No alvinegro, a frustração com a perda do troféu foi substituída por uma ponta de esperança, graças ao crescimento sob o comando de Rodrigo Santana. E as equipes estarão frente a frente outra vez sem ter o direito de errar para continuar com o sonho de chegar a uma conquista nacional importante e que paga premiação milionária: o campeão leva R$ 52 milhões pelo título.

Em dificuldades financeiras, o dinheiro seria muito bem-vindo na sede do Cruzeiro, no Barro Preto. E eliminar o maior rival seria a melhor forma de reencontrar o bom caminho, perdido pouco depois da conquista do Estadual.

Se venceu o duelo seguinte à final, ao fazer 2 a 0 no Deportivo Lara-VEN, fora de casa, pela Copa Libertadores, e também dois dos três primeiros jogos do Campeonato Brasileiro, seguiram-se muitas decepções. São nove jogos sem vitória, com cinco derrotas e quatro empates. Assim, a própria classificação às quartas de final da Copa do Brasil só foi obtida na disputa de pênaltis contra o Fluminense, depois de 2 a 2 dramático no Mineirão.

Dessa forma, o técnico Mano Menezes procurou aproveitar a intertemporada proporcionada pela disputa da Copa América para reequilibrar a equipe. Houve queda principalmente da defesa, que vinha sendo uma das mais sólidas do Brasil. Tanto que a média de gols sofridos, que era de 0,5 gol por jogo até o fim do Mineiro, mais que triplicou, passando para 1,53.

“Este é um momento muito importante na temporada. Trabalhamos bem e estamos preparados para os jogos decisivos que temos pela frente”, diz o volante Lucas Romero, que será mais uma vez improvisado na lateral direita, ao menos neste primeiro jogo, em função de Edílson e Orejuela ainda não terem condições físicas para voltar a atuar.

CRESCIMENTO Pelo lado atleticano, a decepção pós-perda do título estadual foi amenizada com o bom início no Campeonato Brasileiro, com o sucesso na Copa do Brasil e na Copa Sul-Americana. Dispondo de mais tempo de trabalho para conhecer os atletas, o técnico Rodrigo Santana deu novo padrão tático à equipe e colheu os resultados em campo. Na atual fase, vários jogadores cresceram de rendimento, casos do lateral-direito Patric, do armador equatoriano Cazares e do atacante colombiano Chará e de Alerrandro, que chegou aos 13 gols e é artilheiro alvinegro em 2019.

A boa fase depois do Mineiro culminou na efetivação de Rodrigo Santana no cargo até o fim do ano. Ex-técnico do time Sub-20, o comandante assumiu a equipe justamente nas finais estaduais com o desafio de dar mais organização tática ao sistema defensivo, muito criticado nos tempos em que Levir Culpi comandava a equipe. A diretoria entendeu que Santana teve também boa química com o grupo e que pode ser fundamental para devolver competitividade ao Galo na briga pelos títulos nesta temporada.

O treinador atleticano avalia que seu time está muito mais encorpado do que no Estadual: “A equipe ganhou conjunto com nossa forma de jogo. Eles tiveram tempo para entender minha filosofia. Acredito que podemos ir bem nesses jogos. Em relação ao clássico passado, vamos ter algumas peças que não tivemos na final do Mineiro, como o Cazares e o Réver, além da volta do Otero, que chega para ajudar. E tivemos duas contratações importantes (o lateral-esquerdo Hernández e o volante Martínez)”.

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