Jornal Estado de Minas

Desabafo e pedido de respeito

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Em seu primeiro título pelo Brasil, o técnico Tite usou a referência do Maracanã como ícone do futebol para expressar seu sentimento. “Eu me tornei técnico da Seleção hoje. Pelo simbolismo do templo. O templo maior do futebol. É inimaginável, eu não tenho adjetivo para traduzir essa felicidade”, afirmou, numa entrevista que serviu também para um desabafo diante das insinuações de Messi de que a Argentina teria sido prejudicada e que o título estaria “armado” para os brasileiros.

“Aquele que reputei como jogador extraordinário, extraterrestre, ele tem que ter um pouco mais de respeito e tem que entender e aceitar quando é vencido”, reagiu. “Nós fomos prejudicados em uma série de jogos, inclusive na Copa do Mundo. Estou respondendo pela grandeza que ele tem. Jogamos limpo contra a Argentina o tempo inteiro.
Calma, cuidado. Respeito”, cobrou do craque argentino, que foi repreendido pela Conmebol.

A entidade emitiu nota em que rebate o camisa 10. “No futebol, às vezes se ganha e às vezes se perde, e um pilar fundamental do fair play é aceitar os resultados com lealdade e respeito”, reagiu, apontando “acusações infundadas”.

Sobre os resultados em campo, Tite afirmou que os jogadores cumpriram o que estava nos planos táticos. “O que gosto é que somos fiéis a uma ideia de futebol, que é consistente e busca resultados sem abrir mão de criação e, no processo criativo, traduzir em gol. E de consistência. No segundo tempo teve”, afirmou.

Ele comentou também a ausência daquele que é considerado o principal jogador do Brasil, Neymar, cortado por causa de contusão no tornozelo direito. “Neymar é Top-3, extraordinário.
Trabalho de equipe é importante. Até peguei o exemplo do Pelé em 1962. Portugal foi campeão da Euro sem o Cristiano Ronaldo em campo”.

Num momento delicado da entrevista, em que os organizadores tentaram vetar pergunta de correspondente estrangeiro sobre a presença de Jair Bolsonaro no gramado, citando o presidente como homofóbico, Tite foi diplomático ao ser questionado. “Fico tão envolvido no futebol. Tão envolvido nas situações. Sei que acontecem. Mas minha educação, meu foco, é naquilo que tenho de essência, que é futebol, que é no campo, na minha conduta, na minha ética. As outras situações ficam à parte”.


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