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Lentidão na grama de Wimbledon

Boa parte dos tenistas que disputam o Grand Slam reclama do piso e critica a organização por mudar para que as disputas de pontos sejam mais longas com menos velocidade da bola


postado em 04/07/2019 04:05

Djokovic venceu ontem o norte-americano Denis Kudla por 3 a 0(foto: Ben STANSALL/AFP)
Djokovic venceu ontem o norte-americano Denis Kudla por 3 a 0 (foto: Ben STANSALL/AFP)


Londres – O mundo virou de ponta-cabeça. Segundo boa parte dos tenistas, a grama de Wimbledon, famosa no passado por sua velocidade, se tornou uma das superfícies mais lentas do circuito. Já é de conhecimento público, há cerca de 20 anos, que a grama londrina não é mais a preferida dos tenistas adeptos do saque e voleio e que jogadores como Rafael Nadal, rei do saibro e mais confortável em trocas de bolas do fundo da quadra, poderiam até erguer o troféu do Grand Slam britânico, como aconteceu com o espanhol em 2008 e 2010.

Esta perda gradual de velocidade é um verdadeiro lamento para muitos tenistas, que criticam a organização por ter vendido a alma do torneio em troca de pontos mais longos durante as partidas. O primeiro a fazer essa afirmação foi o norte-americano Denis Kudla – que ontem foi derrotado pelo sérvio Novak Djokovic por 3 a 0 (6-3, 6-2 e 6-2) –, após sua vitória na primeira rodada, visivelmente decepcionado com o que constatou em quadra. “É definitivamente o Grand Slam mais lento, e de longe. Essas quadras estão realmente muito lentas, é simplesmente doido”, afirmou.

Teria a grama londrina mudado tanto assim nos últimos anos? O suíço Roger Federer, oito vezes campeão do torneio inglês, engrossa o coro dos insatisfeitos. “Se você olhar as trocas de bola, elas estão mais curtas no US Open do que em Wimbledon, isso já diz muito a respeito do assunto. Pra mim, Wimbledon nunca foi o mais rápido.”

A grama foi por muito tempo considerada como a superfície mais rápida, com um quique baixo e uma bola que parece ganhar velocidade após o contato com o chão, quase obrigando os tenistas a terminar os pontos na rede. Uma superfície mais rápida até que as quadras duras de dois outros torneios de Grand Slam, o US Open e o Aberto da Austrália. Mas a evolução do jogo, das raquetes, da preparação das quadras e das bolas sacudiu essa hierarquia.

Outros jogadores confirmaram esta reviravolta das leis da superfície, certamente mais perceptível no início do torneio, quando as quadras ainda estão com a grama em boas condições. O belga Ruben Bemelmans, que foi eliminado na estreia, disse que teve a impressão de jogar sobre saibro. O francês Jérémy Chardy, também eliminado, disse que “nunca joguei em superfície tão lenta”.

VITÓRIAS MINEIRAS Os mineiros Marcelo Melo e Bruno Soares estrearam com vitória na grama inglesa. Marcelo e o polonês Lukasz Kubot, cabeças de chave número 1, derrotaram o alemão Jan-Lennard Struff e o japonês Ben McLachlan por 3 a 1 (4-6, 6-3, 7-5 e 7-5). Na segunda rodada enfrentarão os australianos Alex de Minaur e Matt Reid.

Os adversários desse confronto, que acontecerá amanhã, segundo Marcelo, são perigosos. “É uma dupla perigosa. Mas temos uma vantagem sobre eles, que é o de estarmos acostumados a jogos longos, de cinco sets, o que não acontece com eles. Sobre o jogo de hoje, o terceiro set foi determinante para conseguirmos a vitória, pois a virada foi determinante, uma vez que perdemos o primeiro set”, disse.

Bruno Soares, que está de parceiro novo, o croata Mate Pavic, também ganhou na estreia. Eles derrotaram os holandeses Matne Middelkoop e Sander Arends, por 3 a 2 [4-6, 6-3, 6-2, 6-7 (5/7) e 6-3]. Na segunda rodada, eles terão como adversários os vencedores do confronto entre os sérvios Lazlo Djere e Janko Tpisarevic que enfrentarão o mexicano Santiago González e o paquistanês Aisam-Ul-Haq Qureshi.


‘Acho que posso vencer qualquer uma’

Cori Gauff, a adolescente de 15 anos que eliminou a cinco vezes campeã de Wimbledon Venus Williams na primeira rodada, continua seu sonho na grama londrina depois de se classificar ontem à terceira rodada após derrotar a eslovaca Magdalena Rybarikova.

A jogadora prodígio americana, 313ª do mundo e tenista mais jovem a disputar a chave principal de Wimbledon, derrotou uma das semifinalistas de 2017 com um duplo 6-3, e enfrenta agora a eslovena Polona Hercog (60ª).

“Eu joguei muito bem. Ela sacou muito bem e foi difícil fazer uma boa devolução contra ela. Eu acho que posso vencer qualquer uma.”

A chance de jogar em Wimbledon veio após um convite da organização para disputar o qualifying e, enquanto lutava pela sobrevivência em quadra, também passava por provas do ensimo médio em escola na Flórida. 

Na primeira rodada, a jovem americana despachou com um duplo 6-4 a compatriota Venus Williams, 24 anos mais velha e que já tinha conquistado dois de seus cinco títulos em Wimbledon antes de Gauff ter nascido.


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