Jornal Estado de Minas

Messi mira o futuro

Conteúdo para Assinantes

Continue lendo o conteúdo para assinantes do Estado de Minas Digital no seu computador e smartphone.

Estado de Minas Digital

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Experimente 15 dias grátis



Um Messi sereno, consciente dos problemas da Seleção Argentina, mas otimista para o futuro. Foi com esse discurso, de líder, que o camisa 10 deixou o Mineirão ontem. Diferentemente da forma como ele se despediu da edição passada da Copa América, nos Estados Unidos – quando anunciou que não mais serviria à equipe nacional, pois sentia que já não fazia a diferença –, ele falou de permanência no grupo para ajudar o técnico Lionel Scaloni no trabalho de renovação.

Messi, inclusive, fez questão de sair em defesa do treinador: “Um novo trabalho está começando, algo bonito. Deixamos uma base importante, jogadores que amam vestir esta camisa. Mas é preciso tempo e que o treinador seja respeitado. Não é justo falar agora para que vá embora”.

Ele reclamou da arbitragem, sobretudo de um pênalti de Arthur em Otamendi, no segundo tempo, porém ressaltou que não queria usar esse argumento como desculpa para a derrota. E deixou sua continuidade na seleção a cargo de Scaloni: “Não sei como será. Na idade em que estou, temos de ir pensando passo a passo.
Mas estamos com um grupo muito legal, e se puder ajudar vou fazê-lo. Há uma grande chance de crescimento e, se quiserem, estarei junto”.

O astro do Barcelona percebeu evolução na equipe alviceleste durante o torneio: “Começamos a Copa América mal, mas depois nos soltamos, fomos crescendo e hoje (ontem) fizemos nosso melhor jogo, diante do forte time brasileiro. Além do resultado, mostramos que estamos à altura”.

Lionel Scaloni encheu seu camisa 10 de elogios: “É emocionante ver o Messi jogar. Ele ajuda muito a equipe e tenho certeza que o futebol vai trazer uma revanche para ele e para toda a seleção”.

No cargo desde agosto do ano passado, o treinador evitou falar sobre seu destino a partir de agora. “É difícil expressar como estava o vestiário. Parabenizamos o Brasil pela classificação, mas, para os nossos jogadores foi muito difícil, jogaram como uma seleção grande de verdade. E isso nos deixa certos de que vêm coisas boas por aí.”
  
 
CAMINHO Ele considerou que a Argentina teve atuação superior à do Brasil: “Sem dúvida que demonstramos que este grupo de jogadores sente a camisa alviceleste como ninguém.
Deixamos uma imagem para o futuro e mostramos que temos um caminho a seguir muito bom. Jogar aqui, em um estádio como este e ser superior aos rivais não é fácil. Queríamos estar na final, mas, por hoje, tudo que vier será positivo. Se os argentinos souberem que na derrota também há coisas positivas, vamos dar um passo à frente”.

Diferentemente de seus comandados, Scaloni foi discreto ao comentar a atuação do árbitro equatoriano Roddy Zambrano: “Não gosto de falar de arbitragem, mas não gostei. Não sei se houve pênalti, estava longe, não posso falar. Mas em jogadas pequenas era sempre para o adversário. E na distribuição de cartões também não foi bom. Tagliafico foi advertido logo no começo, enquanto o Casemiro poderia ter tomado o amarelo antes.
Aí, ficaria mais complicado para ele, que tinha de marcar o Messi, que combate no meio-campo”.

A próxima chance da Argentina para quebrar o jejum será novamente na Copa América, cuja próxima edição será já no ano que vem, para que coincida com a Eurocopa a partir de então, passando a ser disputada de quatro em quatro anos em anos pares. Pela primeira vez a competição terá duas sedes: Argentina e Colômbia.

Será também a chance de a Seleção Argentina sair da fila, que completou 26 anos – a última conquista foi a Copa América de 1993. “Temos de tirar da cabeça essa questão de não conquistar títulos. Se ficar pensando o tempo todo que tem de ganhar, as coisas não vão mudar”, ponderou Scaloni.

.