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Na festa, arquibancada VIP

Além de Bolsonaro, cuja recepção teve de euforia a vaias, Neymar, artistas e um público diversificado formaram torcida. Provocações mútuas embalaram a noite no Mineirão


postado em 03/07/2019 04:09

(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
 
  
 
Um dos maiores clássicos do futebol, Brasil x Argentina é um jogo para todo mundo, como ficou provado na noite de ontem, no Mineirão. Entre os privilegiados em acompanhar mais um capítulo dessa rivalidade histórica esteve desde o presidente Jair Bolsonaro até gente humilde, que economizou bastante para conseguir pagar o salgado ingresso, que partiu de R$ 190. A lista incluiu gênios do esporte, como Neymar, o surfista Gabriel Medina, o jogador de vôlei Bruninho e o de basquete Leandrinho. Além deles, artistas, atletas de clubes mineiros, como os cruzeirenses Edílson, Rodriguinho, Robinho e Thiago Neves, os atleticanos Leonardo Silva, Luan, Geuvânio e Zé Welison, os americano Paulão e Felipe Azevedo, e os técnicos Mano Menezes e Rodrigo Santana.

O resultado foi uma festa bonita. À tarde já era possível ver torcedores paramentados e cantando nos arredores do Gigante da Pampulha. Eles se provocavam de forma sadia. “Boi, boi, boi, boi da cara preta, Messi não tem Copa, quem tem Copa é o Vampeta”, entoavam os brasileiros. “Brasileiro, brasileiro, que triste estou a te ver, pois Maradona é maior, é maior do que Pelé”, respondiam os argentinos, em uma tradução livre. Até mesmo imigrantes bengalis, vindos de São Paulo, formavam a torcida.

A boa convivência se deveu ao fato de todos levarem as provocações na esportiva. E também pela admiração mútua quando o assunto é futebol – juntos, são detentores de sete títulos mundiais, ou um terço de todas as Copas do Mundo disputadas. Não era por acaso que alguns estivessem divididos. Caso do desenhista gráfico Emanuel García, de 36 anos, com metade do rosto pintado com as cores da Argentina natal e a outra metade com o verde-amarelo tupiniquim.

“Sou apaixonado pelo Brasil, já visitei o país várias vezes e agora aproveitei a Copa América para fazer turismo e desfrutar os jogos”, afirma ele, que chegou há um mês e esteve em Salvador, São Paulo e Porto Alegre nesta viagem, sempre usando ônibus para se deslocar.

OLÉ! Para ele, as provocações são normais no futebol. Assim como reconhecer o talento do adversário, como muitas vezes fizeram os brasileiros. Se vibraram muito com o gol de Gabriel Jesus, aos 18min, prenderam a respiração para ver a arrancada de Messi aos 35min, em que deixou três adversários para trás. E também em duas bolas na trave, uma no primeiro e outra no segundo tempo. O alívio da maioria amarela só veio aos 25min da etapa final, no contra-ataque com o gol de Roberto Firmino.

“Timinho, timinho” e “eliminado, eliminado”, gritavam os brasileiros quando houve confusão entre Lautaro Martínez e Roberto Firmino aos 29mi, para logo em seguida comemorarem a vaga na decisão, garantida com mais uma vitória sobre o maior rival e com gritos de “olé”!

n Presidente vai do
camarote ao gramado

A presença do presidente Jair Bolsonaro causou frisson. Desde que foi anunciada, todo o aparato para receber um chefe de Estado foi montado no estádio, com ensaio dos responsáveis pela segurança, pouco menos de 12 horas antes de a bola rolar. A comitiva foi formada por ao menos 50 veículos, entre automóveis, vans, ambulâncias, viaturas policiais, além de motocicletas da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia do Exército.

Quando chegou ao camarote principal, acompanhado por membros da equipe de governo, como o ministro Paulo Guedes (Economia) e Osmar Terra (Cidadania), Bolsonaro acenou para a torcida. A resposta foram gritos de “mito”, como ele costuma ser chamado pelos apoiadores.

Porém, o que chamou mesmo atenção foi a ida ao gramado no intervalo. Nesse momento, parte da torcida o vaiou. O presidente acenou à beira do campo e chegou a subir nas escadas que levam à arquibancada para interagir com o público por duas vezes. Na primeira, recebeu e agitou uma bandeira do Brasil, além de ter feito o tradicional gesto de arma. Na segunda, demorou-se menos e em seguida retornou ao camarote, mostrando o relógio para os torcedores, em função do reinício de jogo que se aproximava.

Bem mais contido foi o governador Romeu Zema. Ele também ocupou o camarote principal, mas sem chamar a atenção.  (Com Renan Damasceno)

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