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Brasil derruba maldição do Paraguai, vence nos pênaltis com Alisson como herói e fará semifinal no Mineirão. Adversário de terça sai hoje no duelo entre Argentina e Venezuela


postado em 28/06/2019 04:07

Festa brasileira no fim: Seleção bate os paraguaios por 4 a 3 nas penalidades, com Alisson abrindo caminho para a vitória na Arena Grêmio(foto: LUIS ACOSTA/AFP)
Festa brasileira no fim: Seleção bate os paraguaios por 4 a 3 nas penalidades, com Alisson abrindo caminho para a vitória na Arena Grêmio (foto: LUIS ACOSTA/AFP)
 
 
Existe sempre aquela tese de que histórico não faz qualquer diferença no futebol. E se a tragédia da Seleção Brasileira em duas das três últimas edições da Copa América foi sintetizada nas cobranças de pênalti diante do Paraguai, desta vez o final foi diferente. Melhor para o Brasil, que ontem, na Arena Grêmio, contra o mesmo adversário, novamente nas quartas de final, acabou com essa maldição. Com o relógio correndo e a equipe de Tite pouco eficiente, mesmo com um jogador a mais desde o começo do segundo tempo, o 0 a 0 levou à temida disputa das penalidades. Mas ali o Brasil se agigantou e, contando com defesa brilhante de Alisson, eliminou os paraguaios por 4 a 3, passando às semifinais.

A classificação leva a Seleção a jogar terça-feira, no Mineirão, onde encara o vencedor do duelo entre Venezuela e Argentina, que se enfrentam nesta tarde, no Maracanã. Como se livrou da escrita negativa na decisão por pênaltis contra os paraguaios, o Brasil pode agora tentar exorcizar o fantasma do Gigante da Pampulha numa semifinal de competição – a última vez que isso ocorreu foi o fatídico jogo em que perdeu para a Alemanha por 7 a 1, na Copa do Mundo de 2014.

Apesar do duelo difícil, a imagem que fica da partida de ontem é a do goleiro Alisson vibrando intensamente com a vitória nos pênaltis. O camisa 1 fez questão de dividir os méritos com todo o grupo e avalia que o Brasil estará forte nas semifinais: “Meus companheiros fizeram a parte deles nas cobranças, tiveram convicção na hora de chutar. Era o que precisávamos: sentir a responsabilidade na hora que era para assumir. Senti todo o carinho, apesar de estar na Arena do Grêmio, mas a torcida colorada e minha família me apoiaram muito. Treinamos forte para que, na hora do jogo, pudéssemos fazer o melhor. Conseguimos um empate contra uma equipe que não quis jogar. Agora é continuar trabalhando. Um degrau se foi. Agora é esperar os próximos”.

O atacante Gabriel Jesus também comemorou muito a vaga na próxima fase. Depois de desperdiçar um pênalti nos 5 a 0 contra o Peru nos minutos finais, ele acertou a cobrança que garantiu a classificação ao time verde-amarelo: “Infelizmente, não pude concluir bem o pênalti contra o Peru. Fiquei p... comigo mesmo. Acho que foi um pouco de ansiedade. Vivo para marcar gols, mas no momento o nervosismo me atrapalhou. Hoje, pude bater bem, pois estava com confiança. Batendo da minha maneira, pude fazer o gol. Pude ver o goleiro se movimentando para a esquerda”.

Já o capitão Daniel Alves afirmou que o passaporte para as semifinais premia o esforço dos brasileiros contra um adversário que se defendeu quase todo o tempo: “Tínhamos que ser mentalmente fortes. Enfrentamos uma equipe que parou muito o jogo. Mas nós estávamos bem concentrados. Colocamos nossa proposta, mas, infelizmente, não conseguimos o gol. No fim, a classificação veio para aquele que procurou o gol”.

VOLUME De fato, o Brasil teve posse de bola de 70%, mas não conseguiu traduzir em gols todo o volume de jogo. Algumas finalizações foram precipitadas, principalmente de Éverton e Philippe Coutinho. Na melhor oportunidade, no segundo tempo Willian acertou a trave de Gatito Fernández – que salvou o Paraguai várias vezes. Desde os 12min da etapa final, os visitantes atuavam com um jogador a menos, após expulsão de Balbuena. Depois de vaiar a equipe no intervalo, a torcida perdia a paciência e ficava mais nervosa com o passar do tempo.

Mas o desempenho nos pênaltis foi favorável. Com Alisson defendendo a primeira cobrança, de Gustavo Gómez, a vitória parecia encaminhada, com Willian, Marquinhos e Philippe Coutinho convertendo. Firmino desperdiçou, mas Derlis González também mandou para fora. Coube a Gabriel Jesus confirmar o 4 a 3 e a vaga na semifinal.

FICHA TÉCNICA
Brasil 0 (4) x 0 (3) Paraguai
Brasil: Alisson; Daniel Alves (Lucas Paquetá 37 do 2º), Marquinhos, Thiago Silva e Filipe Luís; Allan (Willian 25 do 2º), Arthur e Philippe Coutinho; Gabriel Jesus, Éverton e Roberto Firmino
Técnico: Tite
Paraguai: Gatito Fernández; Alonso, Gustavo Gómez e Balbuena; Iván Piris, Ortiz, Richard Sánchez (Escobar 32 do 2º), Derlis González e Arzamendía (Valdez 15 do 2º); Almirón e Hernán Pérez (Rojas 29 do 2º)
Técnico: Eduardo Berrizo
Quartas de final da Copa América
Estádio: Arena Grêmio
Árbitro: Roberto Tobar (CHI)
Assistentes: Christian Scheimann e Claudio Rios (CHI)
VAR: Julio Bascuñan (CHI)
Cartão amarelo: Arzamendía, Iván Piris, Alonso, Filipe Luís, Roberto Firmino e Arthur
Cartão vermelho: Balbuena
Pagantes: 45.495
Renda: R$ 10.352.430


E MAIS...
CAXUMBA TIRA RICHARLISON
O atacante Richarlison foi diagnosticado com caxumba pelos médicos ontem, em Porto Alegre e, para evitar o risco de contágio dos demais companheiros, permaneceria em isolamento, com repouso absoluto e medicação. Por se tratar de uma doença altamente contagiosa, a CBF iria vacinar todos os membros da delegação da Seleção Brasileira depois da partida na Arena do Grêmio.

Homofobia multada
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) foi multada pela Conmebol em US$ 15 mil (R$ 57,3 mil) devido aos cânticos homofóbicos na goleada sobre a Bolívia por 3 a 0, no Morumbi, na estreia na Copa América. A torcida se manifestou nos tiros de meta cobrados pelo goleiro boliviano Lampe. A Seleção já havia sido punida pelo mesmo motivo nos jogos em São Paulo nas últimas Eliminatórias Sul-Americanas.

 
ATUAÇÕES
BRASIL

ALISSON (Nota 9) 
Salvou o time no primeiro tempo ao defender chute de Derlis González à queima-roupa. E também foi o herói da decisão por pênaltis, defendendo a cobrança de
Gustavo Gómez

DANIEL ALVES (Nota 4) 
Não repetiu o desempenho dos primeiros jogos. LUCAS PAQUETÁ (Nota 3) entrou sem qualquer sintonia com os companheiros

MARQUINHOS (Nota 5) 
Caiu de rendimento em relação aos jogos anteriores. Teve alguns vacilos na saída de bola que quase derrubaram a equipe

THIAGO SILVA (Nota 6) 
Teve atuação regular, sem brilhar ou comprometer

FILIPE LUÍS (Nota 5) 
Avançou algumas vezes ao ataque no primeiro tempo, porém, desperdiçou as jogadas. Fez seu papel na marcação. ALEX SANDRO (Nota 7) entrou e foi mais eficaz no apoio ao ataque

ALLAN (Nota 5) 
Sacrificou-se ao jogar com proteção na cabeça no primeiro tempo, mas teve atuação acanhada. Substituído por WILLIAN (Nota 7), que foi mais intenso e acertou uma bola na trave
 
ARTHUR (Nota 4) 
Embora com espaço na saída de bola, perdeu muitas delas e teve pouco êxito na transição

PHILIPPE COUTINHO (Nota 4) 
Tentou assumir a responsabilidade de segurar a bola no ataque, mas sem eficiência

ÉVERTON CEBOLINHA (Nota 6) 
Muito marcado, conseguiu ir poucas vezes à linha de fundo

 
GABRIEL JESUS (Nota 3) 
Foi muito incisivo pelos lados, mas desperdiçou várias chances de finalizar

ROBERTO FIRMINO (Nota 4) 
Com a área adversária congestionada, teve pouco espaço para mostrar serviço

TITE (Nota 5) 
Mais uma vez pecou por não ousar durante os 90 minutos, já que a equipe teve dificuldades de variação tática

PARAGUAI
GATITO FERNÁNDEZ (Nota 8) foi um gigante durante os 90 minutos, salvando o Paraguai de diversas formas da derrota no tempo normal

ARBITRAGEM
O chileno ROBERTO TOBAR (Nota 5) teve êxito na aplicação dos cartões amarelos e na expulsão de Balbuena. Mas pecou por parar demais e não deixar a partida fluir. Acertou ao marcar falta de Roberto Firmino fora da área, revendo penalidade
 

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