A pressão sobre a Seleção Argentina, lanterna do Grupo B, afastou qualquer lampejo de simpatia na chegada da delegação a BH, ontem, às 21h43, em um hotel no Bairro Cidade Jardim. Os poucos torcedores que desafiaram o frio e o tempo de espera receberam raríssimos sinais de positivo ou um tchauzinho dos mais discretos. Até um sorriso estava difícil. Nenhum jogador parou para dar autógrafo ou tirar uma foto com seus fãs.
Atleticanos, cruzeirenses e garotos fascinados com futebol internacional e, claro, o Barcelona de Messi, saíram frustrados. João Pedro, de 9 anos, torcedor do São Paulo, jogador do Sub-10 do Cruzeiro, com uma bola debaixo do braço, exibia orgulhoso as assinaturas dos jogadores do Uruguai e do Equador. Cavani, Suárez, Muslera, De Arrascaeta foram acessíveis. Os argentinos, não.
Pedro Melo, de 12, torcedor do Atlético e com a camisa 10 do Barcelona que ganhou de Natal, sonhava com uma foto ao lado do melhor do mundo. “Quero um autógrafo”.
Com esquema forte de segurança, com a entrada do hotel toda separada por gradil, o contato com os argentinos foi somente visual.
A derrota na estreia da Copa América para a Colômbia, por 2 a 0, no sábado, deixou o clima pesado na Seleção Argentina. A equipe do craque Lionel Messi voltou aos treinos na manhã de ontem em Salvador, com os jogadores em silêncio e em um ambiente de preocupação. O grupo realizou uma atividade no CT do Vitória sob observação de perto da cúpula da Associação Argentina de Futebol (AFA).