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Oito indiciados por tragédia

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A Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou por homicídio com dolo eventual (quando se assume o risco de matar) o ex-presidente do Flamengo Eduardo Bandeira de Mello, além de outras sete pessoas, entre elas, engenheiros do clube e da empresa NHJ, além de um técnico de refrigeração. O indiciamento se deve ao incêndio no Ninho do Urubu, o CT do Flamengo, na Zona Oeste da cidade, em 8 de fevereiro. Na ocasião, 10 jogadores da base rubro-negra morreram e três ficaram feridos. Eles dormiam, de forma improvisada, em contêineres alugados da NHJ.

O inquérito, assinado pelo delegado Márcio Petra, considerou ter havido uma série de falhas que poderiam ter evitado o incêndio. Entre os problemas encontrados estão estrutura incompatível com a destinação – o uso dos contêineres como dormitórios –, irregularidades estruturais e elétricas (como a falta de reparos em aparelho de ar-condicionado instalado no contêiner que incendiou), ausência de monitor no interior do contêiner e piora nas condições de alojamento das categorias de base.

O inquérito também apurou que, antes do incêndio, o Flamengo se recusou a assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) proposto pelo Ministério Público do Rio de Janeiro para que fosse regularizada a situação do CT, além de não cumprir Ordem de Interdição efetuada pela prefeitura.

INTERDIÇÃO O CT Ninho do Urubu chegou a ficar interditado de 27 de fevereiro a 11 de março, mas o Flamengo conseguiu liberá-lo após realização de vistorias e a assinatura de um TAC junto ao Corpo de Bombeiros com medidas regularizadoras contra incêndio e pânico.

Jhonata Ventura, Cauan Emanuel e Francisco Dyogo, todos de 15 anos, foram os três feridos que sobreviveram ao desastre. Os mortos foram Arthur Vinícius, Bernardo Pisetta, Pablo Henrique, Vitor Isaías, Gedson Santos, Áthila Paixão, Christian Esmério, Rykelmo Viana, Jorge Eduardo dos Santos e Samuel Thomas.

Treze jovens escaparam ilesos. Por causa de um temporal que deixara o Ninho do Urubu sem luz, as atividades foram canceladas e jovens que tinham residência no Rio puderam dormir em suas casas. Por isso, no momento do incêndio, havia menos jogadores no local do que em dias normais de treino.

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