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Americanos indignados fazem protesto no CT


postado em 02/06/2019 04:09

Torcedores do Coelho pararam os jogadores que chegavam de carro ao Lanna Drumond, ontem de manhã(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Torcedores do Coelho pararam os jogadores que chegavam de carro ao Lanna Drumond, ontem de manhã (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)

No dia em que completou 84 anos – sendo 61 deles dedicados a uma grande paixão, o América –, Zuleine Epiphania Garcia Leão, a dona Zuzu, torcedora-símbolo do Coelho, levantou cedo. Às 7h, já estava na portaria do CT Lanna Drumond, na Pampulha, para engrossar o coro da torcida, descontente com o desempenho do Coelho na Série B do Campeonato Brasileiro. É o lanterna da competição, sem uma vitória sequer em cinco jogos. Foram quatro derrotas e um empate. Amanhã, às 20h, enfrenta o Coritiba, no Independência.

“É um absurdo o que estes jogadores estão fazendo com a gente. Por mim, quem não quiser ficar, pode ir embora, mas, se vestir a nossa camisa, tem que lutar, correr, se matar em campo. Estou indignada. O América é minha vida, era o meu orgulho. Estão fazendo com que eu me sinta nos piores dias da minha existência”, desabafou.

Quando dona Zuzu chegou ao CT, apenas o técnico Maurício Barbieri e o atacante Matheuzinho haviam passado pelo portão de entrada. Aos poucos, ela foi ganhando companhia. O gerente de RH Hércules Fernandes, de 46 anos, levou os filhos Vinicius Henrique, de 12, e Arthur Bernardo, de 13. “Estamos indignados. Não podemos viver uma situação como esta. Já passou da hora de reagir”, dizia Hércules.

A professora de educação física Andréia Vieira, de 35, chegou esbravejando: “Fomos iludidos no ano passado. Diziam que não corríamos risco de rebaixamento. Agora, estamos na lanterna da B correndo risco de cair para a C. Isso é inadmissível”.

A guatemalteca Alicia Gomes, de 43, professora que reside em Belo Horizonte há 10 anos, também estava lá para protestar, munida de foguetes e bombinhas do tipo estalinho. “Conheci o América porque fui morar perto do Independência. Vi o time jogar e gostei. Nesse mesmo dia, o Coelhão me deu um abraço, foi amor à primeira vista. Mas não posso aceitar o que está acontecendo. O time não faz nada certo. Quero saber o que está faltando.”

JOGADORES Embora em número pequeno, os torcedores fizeram barulho. O atacante Neto Berola parou o carro para conversar com o grupo. O lateral-esquerdo João Paulo, o goleiro Thiaguinho (apontado como principal responsável pela derrota para o Brasil, de Pelotas) e o zagueiro Pedrão foram xingados e muitos pediram a saída deles do clube. Nem mesmo o zagueiro Lima, que não joga há um ano – recupera-se de lesão no tendão do joelho direito –, escapou. Foi chamado de chinelinho.

O goleiro recém-contratado Airton, diferentemente dos demais, recebeu apoio. “Você é quem tem de jogar. O Leal está machucado e o outro falhou no último jogo. Contamos com você”, gritou dona Zuzu. “Já passei por isso no Juventude e no Pelotas. Entendo o lado do torcedor. Quando as vitórias não vêm, fica difícil”, afirmou Airton.

Barbieri encarou a manifestação com naturalidade: “Não é a primeira vez que vejo isso ocorrer. É uma situação normal, pois o time está em situação ruim. Sei que temos condições de dar a volta por cima”.

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