Um dos principais ídolos do Cruzeiro, o goleiro Raul Plassmann, de 74 anos, tem uma trajetória de conquistas e feitos históricos alcançados pelo clube. E ontem completaram-se 50 anos que o jogador estabeleceu um recorde mundial: o cruzeirense chegou a 1.016 minutos sem ser vazado, um total de 11 partidas completas e parte de um 12º confronto.
Em entrevista ao Superesportes, Raul relembrou detalhes de quando alcançou a marca, em 1969. Ela durou até o início de 1971, quando Jorge Reis, do Rio Branco-ES, o superou. O capixaba, atualmente o terceiro na lista de goleiros com maior tempo sem sofrer gol, ficou 1.604 minutos sem ser vazado.
“Cinquenta anos se passaram. Me lembro vagamente do jogo com o Democrata-SL. Foi um gol no segundo tempo, no gol da Lagoa, no Mineirão. O recorde foi muito importante para a época. O futebol era muito ofensivo, todos os placares dilatados.
O ex-goleiro lembrou também a repercussão de seu feito. Na ocasião, o Estado de Minas dedicou páginas ao assunto. O gol que quebrou a invencibilidade foi marcado por Evanir, do Democrata-SL.
Na época, Raul Plassmann ficou 11 partidas sem sofrer um gol sequer, em 10 duelos pelo Campeonato Mineiro e um amistoso. E se engana quem pensa que a Raposa disputou apenas jogos fáceis. Naquela série invicta, o clube celeste superou, por exemplo, os rivais Villa Nova, América e Atlético.
“Isso tudo valoriza mais ainda a conquista, a marca. Isso valoriza sempre. Não foi jogando contra ninguém. Isso coloca um valor muito grande em cima dessa marca. Eu conquistei uma marca que é expressiva, porque os adversários eram bem qualificados. Então, valoriza muito o feito”, disse Raul.
Ele superou então o goleiro Roma, do Racing, que ficou 781 minutos sem sofrer gol. Uma semana após alcançar o recorde, em 18 de maio, o goleiro sofreu o gol que estabeleceu o feito em 1.016 minutos. O responsável foi o atacante Evanir, do Democrata-SL, aos 42 minutos do segundo tempo. Na partida, que terminou com vitória celeste por 3 a 1, Raul ainda defendeu um pênalti cobrado por Valdoci.
* Estagiário sob supervisão do subeditor Eduardo Murta
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