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Crônica de uma queda anunciada

Atlético perde para o Nacional e, com uma vitória em cinco jogos na fase de grupos, não tem mais chance de ir às oitavas. Na rodada final, restará lutar por vaga na Sul-Americana


postado em 24/04/2019 05:07

Ricardo Oliveira, Luan e companhia saem de campo cabisbaixos, após a derrota para os uruguaios, no Mineirão. Atuação melancólica foi um retrato da participação alvinegra na Libertadores. Decepcionada, torcida (abaixo) vaiou o time(foto: Fotos: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Ricardo Oliveira, Luan e companhia saem de campo cabisbaixos, após a derrota para os uruguaios, no Mineirão. Atuação melancólica foi um retrato da participação alvinegra na Libertadores. Decepcionada, torcida (abaixo) vaiou o time (foto: Fotos: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

 

Teve canto de torcida, chance clara perdida e desespero no fim. De nada adiantaram as estratégias para que o Atlético seguisse com a missão de chegar às oitavas de final da Copa Libertadores. O alvinegro se despediu de forma melancólica da competição continental ontem à noite, ao perder para o Nacional-URU por 1 a 0, diante de 27 mil torcedores, que se arriscaram a ir ao Mineirão. A esperança se esgotou de vez com mais uma atuação decepcionante da equipe, que em pouquíssimos momentos mostrou qualidade de fato para sair vitoriosa.

A torcida ficou na bronca depois do jogo, com muitos xingamentos à diretoria, ao atacante Ricardo Oliveira e até ao ex-técnico Levir Culpi, que comandou o Galo nos quatro primeiros jogos da Libertadores – obteve apenas uma vitória, sobre o Zamora (3 a 2), de virada. O clima ficou pesado e a Polícia Militar teve de intervir com tiros de balas de borracha depois que integrantes de uma torcida organizada estouraram bombas caseiras nas cadeiras. O confronto se arrastou para fora do estádio, ferindo torcedores.

O técnico interino Rodrigo Santana disse que o grupo precisa se recuperar emocionalmente o mais rápido possível: “A desclassificação dói bastante. Tivemos três jogos desgastantes, decisão contra o rival, em que produzimos bastante, e o confronto de hoje (ontem). Tínhamos chance de classificação, e até acho que fizemos bom jogo, mas não concluímos a gol. O vestiário sente bastante. É momento de nos unirmos, sabendo que sábado temos um novo desafio. É recuperar o emocional, trabalhar”.

Ele ainda não sabe se estará no banco na estreia da equipe no Campeonato Brasileiro, sábado à noite, contra o Avaí, no Independência. Isso porque a diretoria atleticana aguarda a resposta da proposta feita ao técnico Rogério Ceni, campeão cearense com o Fortaleza, e trabalharia também com um plano B: Sebastián Beccacece, treinador do Defensa y Justicia, da Argentina. Os dirigentes alvinegros prometem trazer pelo menos três reforços para o segundo semestre.

O que mais preocupa o torcedor é que o desempenho em 2019 tem sido muito irregular. Além da eliminação na Libertadores, o Galo perdeu o título estadual para o Cruzeiro no fim de semana depois de ter feito a melhor campanha na fase inicial. A partir de agora, junta os cacos para se dar bem não só no Brasileiro como na Copa do Brasil.

O capitão Leonardo Silva classificou o momento como “tempestadezinha” e pediu compreensão à torcida: “Nosso sentimento é de tristeza. O torcedor sofre e nós também. Trabalhamos forte e ninguém entra para perder. Vamos trabalhar bastante para dar a volta por cima e trazer um resultado de vitória. Contamos com o torcedor”.

Já o atacante Ricardo Oliveira chamou a responsabilidade para o grupo e criticou o alto número de demissões de treinadores no Brasil, como ocorreu com Levir Culpi. “Fizemos tudo o que ele pediu, o que ele falava, procurávamos aplicar. O futebol brasileiro é isso aí. Não ganhou, está tudo errado. O que está errado ninguém fala. Infelizmente, vamos continuar passando por essas situações. Mas a responsabilidade também é nossa, que entramos em campo”.

CONSOLAÇÃO Em sua participação recente na Libertadores (desde 2013), é a primeira vez que o Atlético cai na fase inicial. A última vez que o time foi eliminado tão cedo na competição foi em 1981, depois da polêmica partida contra o Flamengo, no Serra Dourada. A despedida na edição deste ano será em 7 de maio, contra o Zamora, em Barinas. O Galo buscará agora o prêmio de consolação – o terceiro lugar no Grupo E valerá vaga na Copa Sul-Americana, competição que a diretoria alvinegra desprezou no ano passado, chamando de “Segunda Divisão da Libertadores”.



FICHA TÉCNICA
Atlético 0 x 1 Nacional-URU

Atlético: Victor; Guga, Leonardo Silva, Maidana e Fábio Santos; Adílson (David Terans 23 do 2º), Elias, Maicon Bolt (Vinícius 13 do 2º), Luan e Chará; Ricardo Oliveira (Alerrandro 36 do 2º)
Técnico: Rodrigo Santana
Nacional-URU: Mejía; Zunino, Corujo, Carvalho e Viña; García (Cardacio 19 do 2º), Gabriel Neves e Lorenzetti (Rivero 25 do 2º); Fernández, Rodríguez e Bergessio (Carballo 32 do 2º)
Técnico: Álvaro Gutiérrez
5ª rodada do Grupo E da Libertadores
Estádio: Mineirão
Gol: Carballo 41 do 2º
Árbitro: Fernando Rapallini (ARG)
Assistentes: Diego Bonfa e Gabriel Chad (ARG)
Cartão amarelo: Zunino, Victor, Leonardo Silva, Elias* e Rivero
Pagantes: 27.302
Renda: R$ 780.220
Próximo jogo: Zamora (f)
*Suspenso

 

 

Grêmio confirma reação

O Grêmio parece finalmente ter se reencontrado na Libertadores. Com dois gols de Everton, o campeão gaúcho venceu o Libertad por 2 a 0, no Defensores del Chaco, em Assunção, derrubou um dos invictos na competição e assumiu provisoriamente a vice-liderança do Grupo H, com sete pontos. Amanhã, pode ser ultrapassado pela Universidad Católica, que visita o Rosario Central na Argentina. O tricolor depende apenas de si para se classificar, pois, na última rodada, faz confronto direto com a equipe chilena, em Porto Alegre.

O mais importante, porém, é que o time de Renato Gaúcho retomou a confiança após dois resultados positivos seguidos. “A gente sabe da dificuldade que é jogar aqui, não é a toa que eles são líderes. Mas hoje (ontem) a gente impôs nosso ritmo de jogo e conseguimos esta boa vitória. Em nenhum momento duvidamos da nossa capacidade”, afirmou Everton, que já marcou três gols nesta Libertadores.

HOJE Três brasileiros entram em campo hoje, buscando classificação às oitavas de final, casos de Atlhetico e Flamengo, ou assegurar o primeiro lugar do gupo, como o Internacional. Às 19h15 (de Brasília), o Furacão enfrenta o Jorge Wilstermann-BOL, lanterna do Grupo G, em Cochabamba. Triunfo garante a classificação do Atlhetico, que avança também se o Boca Juniors não perder para o Tolima-COL, em Ibagué, às 21h30.

Já o Flamengo precisa apenas de empate diante da LDU, em Quito, às 21h30 e pelo Grupo D. No mesmo horário, o Inter, já classificado no Grupo A, visita o lanterna Alianza Lima, na capital peruana. Garante o primeiro lugar caso vença o jogo ou empate – desde que o River Plate não vença o Palestino-CHI, às 19h15, em Santiago.

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