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Descaso com um cartão-postal


postado em 22/04/2019 05:08

Preocupado com a infestação de mosquitos, Augusto Barbosa se protegeu com repelente (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Preocupado com a infestação de mosquitos, Augusto Barbosa se protegeu com repelente (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

O desleixo com o Mineirinho, maior ginásio de esportes da América Latina, chamou a atenção das jogadoras de Minas e Praia e dos torcedores. Quem estava na quadra se assustou ao ver o piso trincado e com desníveis em seu entorno. O abandono se repete mostra em outros pontos – os placares eletrônicos (dois) estão queimados. O Minas teve de alugar um telão, que servia tanto para o desafio nos lances duvidosos quanto para mostrar os números da partida.

Em alguns banheiros, mictórios quebrados foram retirados, mas não repostos. São muitas, também, as cadeiras quebradas. Algumas foram trocadas por outras do próprio ginásio. Ou seja, cinco alas de cadeiras não existem mais. Ontem, o Minas colocou cadeiras de plástico, que tiveram de ser unidas com durex.

No início da semana, em dias de chuva, por várias vezes o técnico minas-tenista Stefano Lavarini parou o treino para que a quadra fosse enxugada. As goteiras são em quatro pontos. As jogadoras também se preocuparam com pombos, que fizeram ninhos no teto e davam rasantes próximo à quadra. Outro problema foi a infestação de mosquitos – e o temor especialmente em relação à dengue.

Há três meses, houve um momento de euforia: para usar o Mineirinho para uma apresentação, o Cirque du Soleil se dispôs a fazer melhorias. Assinou um contrato em que se comprometia a investir R$ 850 mil em obras, no entanto, segundo informações extraoficiais, não gastou o combinado. Até hoje não foi apresentada nota da reforma ao governo. As cadeiras instaladas foram posicionadas com um grande espaçamento entre elas. Assim, onde caberiam 10 mil pessoas hoje são acomodadas 4.500. Nos banheiros foram feitas maquiagens. Colocaram portas de alumínio para isolar os sanitários, porém, o que estava quebrado não foi substituído. Muitas torneiras não funcionam.

PRECAUÇÃO A ameaça de dengue não afastou o torcedor do Mineirinho. Mas, como diz o ditado, “melhor prevenir do que remediar”. E foi isso que grande parte do público presente ao ginásio tratou de fazer.

Nas cadeiras, era comum ver pessoas passando repelente. Uma delas era o garçom aposentado Augusto Barbosa, de 68 anos. “ Fiquei sabendo pelo jornal que havia a ameça e não iria me arriscar. Passei numa farmácia assim que saí de casa. Já pensou pegar dengue fazendo uma coisa que gosto, num jogo de vôlei, quando estou me divertindo?”, perguntou.

Até as jogadoras de Minas e Praia se protegeram. Elas chegaram ao ginásio e seguiram diretamente para o vestiário. Nas mãos da maioria, um frasco de repelente. A líbero minas-tenista Leia passou não só no corpo, mas em todo o uniforme: “Eu é que não vou me arriscar. Já pensou ficar doente na hora de decidir?”. (ID)

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