Os jogadores do Cruzeiro ergueram o troféu diante dos 1,8 mil torcedores celestes que lotaram a arquibancada superior do Setor Ismênia do Independência. Enquanto davam a volta olímpica com a taça e comemoravam o 39º título estadual da Raposa, um assunto dividia as atenções: a atuação do árbitro de vídeo (VAR), que decidiu o título mineiro ao marcar o toque de mão de Leonardo Silva, no segundo tempo.
Entre os jogadores cruzeirenses, o VAR não é unanimidade. “Sou contra. Acho que está atrapalhando muito, segurando muito. Sete minutos de acréscimo (no segundo tempo), porque toda hora para. Não é mais o juiz que apita. Claro que ele apitou muito bem, mas qualquer jogadinha está parando, o jogo está ficando lento, desgastante para quem está em campo”, afirmou o armador Robinho.
O lateral-direito Edílson, que recebeu um cartão amarelo depois da revisão do árbitro – embora o protocolo do VAR não inclua o vídeo para esse tipo de infração –, também falou sobre as interrupções. Ressaltou, contudo, os benefícios da tecnologia para o jogo limpo: “É ruim porque para toda hora.
O Atlético abriu o placar aos 29min do primeiro tempo com Elias. Como fez melhor campanha na primeira fase e perdeu por 2 a 1 no jogo de ida, o resultado dava o título ao Galo. Com isso, o Cruzeiro foi para o vestiário precisando de um gol e as constantes paralisações para consultar o vídeo irritaram o técnico Mano Menezes, que reclamou com Leandro Marinho.
“Fui falar com o árbitro no intervalo: ‘olha, estamos perdendo de 1 a 0.
EQUIPE Com a conquista de ontem, o Cruzeiro chegou ao 39º título mineiro, o 13º de forma consecutiva. Também quebrou o jejum de uma década sem conseguir bicampeonato seguido. A equipe de Mano Menezes também chegou à 20ª partida neste ano sem derrota.
Hoje, às 10h, o grupo cruzeirense embarca para a Venezuela, onde enfrenta o Deportivo Lara na terça-feira, pelo Grupo B da Copa Libertadores.
“O Cruzeiro tomou só nove gols na temporada, em 20 jogos. Isso dá consistência, segurança. Em 13 jogos, não tomamos gol e estamos fazendo gol: 44 gols feitos nos mesmos 20 jogos. A equipe hoje é mais equilibrada, mais competente, mais qualificada. Por isso, entregamos futebol melhor, mesmo aqui, no lugar que voltou a ser a casa do Atlético só para enfrentar o Cruzeiro”, cutucou o treinador, sobre a escolha do Atlético pelo Independência para a finalíssima. (RD).