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Caminhos distintos, resultados parecidos

O Atlético perdeu em receita com o futebol profissional, mas diminuiu os gastos. Já o Cruzeiro arrecadou mais, porém, aumentou o custo com pessoal. No final, ambos viram a dívida crescer


postado em 17/04/2019 05:05

O presidente do Atlético, Sérgio Sette Câmara, e o do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá, terminaram o primeiro ano de mandato sem conseguir melhorar as contas dos clubes(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 16/9/18)
O presidente do Atlético, Sérgio Sette Câmara, e o do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá, terminaram o primeiro ano de mandato sem conseguir melhorar as contas dos clubes (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 16/9/18)

Arquirrivais históricos e finalistas de mais um Campeonato Mineiro, que será decidido no sábado, às 16h30, no Independência, Atlético e Cruzeiro tiveram políticas financeiras bem distintas no primeiro ano de gestão das atuais diretorias, mas o resultado não foi tão diferente e ambos apresentaram sérios problemas em seus balanços referentes à temporada de 2018. Galo e Raposa acusaram déficit nas contas e viram suas dívidas crescerem. No primeiro ano sob o comando dos presidentes Sérgio Sette Câmara e Wagner Pires de Sá, o rombo dos alvinegros foi de R$ 21.850.588 e o dos celestes de R$ 27.236.795. Os balanços ainda precisam ser aprovados pelos conselhos dos clubes, e as reuniões para tratar o assunto serão nos dias 25, na sede social do Barro Preto, e 29, na sede de Lourdes.

 

Dívida

A dívida geral do Atlético subiu de R$ 576 milhões, em 2017, para R$ 652 milhões, em 2018. O aumento foi de R$ 76 milhões em um ano. Já o Cruzeiro fechou 2018 devendo R$ 575.625.942. O saldo negativo do clube era de R$ 557.477.179 em 2017.

Receitas

O Atlético diminuiu a arrecadação do futebol profissional em mais de R$ 50 milhões: de R$ 291,2 milhões em 2017 para R$ 237,7 milhões em 2018. A receita com bilheteria caiu pela metade: passou de R$ 16,8 milhões (2017) para R$ 8,1 milhões (2018). O Galo também perdeu muito em relação às receitas de transmissão de TV de R$ 171.711.830 (2017) para R$ 99.884.499 (2018).

Outra perda veio com o 'Galo na Veia', programa de sócios do clube. As receitas caíram de R$ 16,3 milhões (2017) para R$ 13,6 milhões (2018). O mesmo pode ser visto no que se refere ao setor de patrocínio e marketing de R$ 34,7 milhões em 2017 para R$ 26,6 milhões em 2018.

Nesse quesito, o Cruzeiro foi bem melhor. As receitas do clube com atividades desportivas profissionais foram de R$ 363.247.150 em 2018, contra R$ 283.382.276 de 2017, aumento de R$ 79,8 milhões. O faturamento mais relevante do Cruzeiro veio dos direitos de transmissão e publicidade. O Cruzeiro embolsou R$ 190.748.083,00 em 2018, com destaque para R$ 95.587.007 de receitas do Campeonato Brasileiro e R$ 64.085.711 da Copa do Brasil (incluindo a premiação pelo título, de R$ 52.133.798,00).

Em cotas de transmissão e publicidade, a Copa Libertadores rendeu R$ 12.895.846 em 2018, contra R$ 12.302.526 do Campeonato Mineiro. Em 2017, o faturamento com publicidade e direitos de TV foi de R$ 177.104.584.

O faturamento do clube com o programa Sócio 5 Estrelas chegou a R$ 23.101.965,00. Em 2017, foram arrecadados R$ 22.368.338. Outro crescimento foi em relação à bilheteria. Em 2018, a arrecadação celeste foi de R$ 23.941.388, enquanto em 2017 foi de  R$ 16.476.951.


Mercado

O Atlético foi bem nas negociações com jogadores. As vendas de atletas fizeram os ganhos avançarem de R$ 43,2 milhões em 2017 para R$ 80,7 milhões.

O Cruzeiro faturou com vendas de direitos econômicos de atletas e empréstimos R$ 90.384.013 em 2018. Embora a transferência do uruguaio De Arrascaeta para o Flamengo tenha sido fechada em janeiro de 2019, o valor da operação entrou no balanço. Em entrevista à Rádio Itatiaia, Flávio Pena, diretor financeiro do Cruzeiro, explicou a operação: “É importante ressaltar para a torcida ficar bem tranquila que não tem nenhum tipo de maquiagem nessa operação, sendo que a lei permite. A gente até acha estranho, porque o Código de Pronunciamentos Contábeis fala que se tivermos uma proposta firme, nós podemos, sim, lançar por regime de competência a venda desse jogador”.. Em 2017, o valor obtido pelo Cruzeiro com transferências de jogadores havia sido de R$ 35.134.232.

Investimento

O custo do futebol profissional no Atlético caiu mais de R$ 15 milhões. Sette Câmara disse em diversas oportunidades que reduziria o investimento para tentar fechar as contas. Aliás, recuperar o clube financeiramente sempre foi uma das principais bandeiras do presidente. E o clube conseguiu reduzir o déficit em 13%, mas continua bem alto. Os gastos com o futebol decresceram de R$ 220,8 milhões (2017) para R$ 205,1 milhões no ano passado.

No Cruzeiro, o crescimento de 51% no déficit em 2018 tem relação direta com aumento dos custos diretos com futebol. Segundo o demonstrativo, o gasto com atividade desportiva profissional saltou de R$ 244.675.110, em 2017, para R$ 324.187.736 em 2018. Crescimento de R$ 79,5 milhões.

Dentro dos valores citados acima, chama a atenção o gasto com pessoal em 2018, responsável por R$ 226.147.314. Em 2017, o montante destinado foi de R$ 174.313.186. O custo subiu R$ 51.834.128.

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