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VAR Acertos e longos minutos de espera

Uso do recurso de vídeo nas semifinais dos principais estaduais do Brasil corrigiu vários erros da arbitragem, evitando muitas injustiças. Mas é preciso diminuir o tempo gasto nas consultas


postado em 09/04/2019 05:07


Jogadores e treinadores dividiram a atenção no fim de semana com um novo personagem do futebol, o árbitro de vídeo, ou VAR, na sigla em inglês. Nos principais estaduais do país, foram definidos os finalistas, mas o que se destacou mesmo foram as consultas ao equipamento eletrônico, que interferiu positivamente nos resultados e, consequentemente, nos times classificados. O problema foi o tempo parado muito grande em várias consultas, obrigando jogadores e torcida a conterem a comemoração de gol em várias situações até a decisão final.

Os acertos atingiram 100% em Minas, no Rio e em São Paulo, onde não foram poucas as paradas. Assim, a reclamação ficou apenas em função da demora em algumas ocasiões, que ocorreram tanto pelos envolvidos ainda estarem se adaptando à nova realidade quanto por dificuldades de definir lances mais complicados.

O que mais demorou foi aos 8min do jogo em que o Cruzeiro goleou o América por 3 a 0, sábado, no Mineirão. O Coelho marcou com Felipe Azevedo, mas, depois de consultar o recurso eletrônico, o gaúcho Leandro Pedro Vuaden constatou toque de mão do americano e anulou o gol.

Entre a bola entrar e a decisão final da arbitragem, foram cinco minutos, dois só para o árbitro principal ouvir o árbitro de vídeo antes de ir ele mesmo conferir as imagens. Isso gerou apreensão nas duas torcidas e em quem está diretamente ligado ao jogo.

“Não sou contra o VAR, sou contra a demora. Foram cinco minutos para saber se foi gol ou não. Já havia ocorrido isso no jogo de ida. Isso não é bom”, afirma o técnico do América, Givanildo Oliveira.

No domingo, o Atlético não teve dificuldades para superar o Boa, goleando por 5 a 0. Talvez sem o auxílio do vídeo o placar poderia sido outro. Só depois de recorrer ao monitor que o também gaúcho Anderson Daronco anulou o gol marcado por Luan aos 18min. Ele também acertou ao confirmar finalização certeira do mesmo jogador pouco depois, sem demorar tanto, pois era um lance de impedimento, teoricamente mais fácil de marcar.

Ainda na partida do Galo, o quinto gol, marcado por Vinícius aos 28min do segundo tempo, chegou a ser anulado pelo assistente Bruno Boschilia devido a impedimento. O jogador chegou a correr para comemorar, mas parou à espera da decisão do árbitro principal, que validou depois de ouvir o árbitro que estava em uma sala do Mineirão. “O VAR vem para ajudar, não há dúvida. Eu só preferi esperar para não ter de fazer a dancinha duas vezes”, diz Vinícius, que contou com a companhia do lateral Guga para executar a coreografia com a qual comemora gols.

ESTRANHEZA A necessidade de tempo para melhorar o uso do VAR é normal. Enquanto isso, o clima ainda fica um pouco estranho no estádio, como admite o próprio técnico do Galo, Levir Culpi. “Tem algumas coisas interessantes. Por exemplo: você fica com medo de comemorar um gol, olha para o árbitro, para o assistente, para o banco. Fica uma indecisão, inclusive entre a arbitragem, o que é comum, pois ela também está se adaptando. É preciso dar um tempo maior (para o VAR)”, afirma o treinador, que acredita que o melhor seria copiar o vôlei e ter um limite para “desafiar” o árbitro de vídeo. “Não dá para em todo escanteio ou falta a gente ficar parado um minuto esperando para ver se teve pênalti ou não.”

Já o zagueiro Dedé, da Raposa, acredita que o importante é diminuir ao máximo o número de equívocos durante as partidas. “Tem de ter o tempo certo do juiz, se ele acertar, não tem problema. Se o VAR está aí, é para anotar coisas que o juiz não consegue ver dentro de campo. Se acertar, acho viável, mesmo que demore um pouco”, diz ele.

Entre divergências, há uma unanimidade: o VAR veio para ficar. E o certo é que deixa o futebol mais justo, ainda que não haja garantia de que acertará sempre. Afinal, é operado por humanos, que são falíveis.

O que não será mais admissível é gente reclamando da arbitragem quando o vídeo deixou claro que houve acerto. Como fez Luiz Felipe Scolari, que ameaçou tirar o Palmeiras de campo quando o gol de Deyverson, no clássico com o São Paulo, foi corretamente anulado.

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