A noite de amanhã vai marcar o reencontro entre Atlético e Zamora em Belo Horizonte. Na Copa Libertadores de 2014, os times se enfrentaram na fase de grupos e os dois confrontos terminaram com triunfo alvinegro por 1 a 0. O palco do duelo anterior na capital mineira foi o Independência. Desta vez, a bola vai rolar no Mineirão, a partir das 19h15, pela terceira rodada do Grupo E.
Na edição de 2014, o Atlético defendia o título da competição continental. Na abertura, em 11 de fevereiro, venceu os venezuelanos em Barinas, por 1 a 0. O jogo de volta foi em 10 de abril, no Horto, com novo triunfo por 1 a 0. Nas duas oportunidades, o gol da vitória foi marcado por Jô, artilheiro da campanha vitoriosa em 2013.
Atletas que se enfrentaram em 2014 estarão frente a frente amanhã. Pelo lado do Atlético, quatro jogadores do atual grupo participaram do primeiro jogo, na Venezuela: o goleiro Victor, os zagueiros Réver e Leonardo Silva, além do volante Lucas Cândido. Na volta, em BH, apenas Leo Silva entrou em campo. Na Libertadores daquele ano, o meia-atacante Luan, que estava no grupo alvinegro, não foi inscrito na fase de grupos por causa de uma lesão.
Já no Zamora, o meia-atacante Pedro Antonio Ramirez enfrentou o Atlético nos dois confrontos. Revelação da equipe venezuelana em 2010, ele teve passagens por outras equipes antes de voltar ao clube nesta temporada.
Início do jejum A vitória sobre o Zamora no Independência em 2014 foi marcante para o atacante Jô. O gol do triunfo, aos 9min do primeiro tempo após passe de Guilherme, foi o último do ex-atleticano antes de longo jejum.
Jô ficou mais de um ano sem balançar as redes. Nesse período, disputou até mesmo a Copa do Mundo de 2014. Foram 26 partidas pelo Galo e cinco pela Seleção Brasileira. Depois de 2.265 minutos em campo, a péssima fase teve um ponto final com gosto marcante para o centroavante. Na decisão do Mineiro de 2015, ele marcou em posição irregular e deu o título ao Atlético contra a Caldense.
Jogo decisivo Os dois times ainda não pontuaram no Grupo E da Libertadores. Depois de duas derrotas – para Cerro Porteño-PAR, no Mineirão, e Nacional-URU, em Montevidéu –, o alvinegro precisa do triunfo para seguir sonhando com a classificação às oitavas de final. Derrota pode deixar um dos dois em apuros na competição.
Ontem, os atletas venezuelanos lembraram dos confrontos com a equipe mineira em 2014. No site do clube, eles frisaram que agora a situação é outra: “Os barinenses chegam à cidade brasileira (Belo Horizonte) com um objetivo e com uma experiência internacional distinta à daquele momento”.
As mudanças no adversário também foram destacadas: “Esse Atlético campeão da Libertadores (2013), comandado por estrelas como Ronaldinho, ficou no passado”.
Atleticanas
Público
23.009 torcedores garantiram ingresso para o jogo de amanhã, segundo balanço divulgado pelo Atlético ontem
Reforço para o meio-campo
O técnico Levir Culpi ganhou ‘reforço’ para a decisiva semana do Atlético.
O volante Adilson se recuperou de dores no joelho direito e treinou com bola ontem pela primeira vez desde que iniciou o tratamento. O jogador vira opção para os duelos contra Zamora-VEN, amanhã, pela Copa Libertadores, e Boa Esporte, domingo, pelo Campeonato Mineiro.
Adversário treina na Toca II
O Zamora chegou a BH na madrugada de segunda-feira e ontem fez um treino fechado na
Toca da Raposa II. Hoje, a equipe venezuelana volta a treinar no CT
do Cruzeiro e deve fazer o reconhecimento do Mineirão.
Enquanto isso...Observação à distância
A crise política e econômica vivida pela Venezuela fez o Atlético modificar o processo de observação do Zamora. Habitualmente, a comissão técnica envia ao menos um analista ao país do time adversário para acompanhar partidas in loco. As dificuldades de logística fizeram o clube alvinegro restringir os estudos do rival de amanhã à análise em vídeo. Foram avaliados jogos da Libertadores e do Campeonato Venezuelano. “É um time que explora bem a velocidade, principalmente jogando fora de casa, por atuar com atacantes de lado. É um time jovem, com alguns mais experientes, como o Rojas, meia que usa a camisa 10 e também joga como volante. O centroavante é o Guillermo Paiva. Apesar de jogar como referência, é um cara que se movimenta bastante”, avalia o analista de desempenho da equipe alvinegra, Lucas Gonçalves.