Antônio Wilson Vieira Honório, o Coutinho, maior parceiro da carreira de Pelé, morreu ontem, aos 75 anos. Os dois juntos ganharam todos os títulos possíveis pelo Santos entre os anos de 1958 e 1967. Ele integrou também a Seleção Brasileira campeã na Copa de 1962. Em janeiro, o ex-jogador ficou uma semana internado por causa de uma pneumonia. Em 2014, por causa da diabetes, precisou amputar dedos do pé.
“Nesse momento de imensa tristeza, o que nos fará lembrar eternamente de Coutinho são suas glórias, gols e histórias marcantes”, escreveu o Santos em sua página no Twitter.
Natural de Piracicaba, Coutinho chegou ao Santos com 14 anos, levado pelo técnico Lula. Com um domínio de bola impressionante e grande poder de finalização, logo ganhou a posição de centroavante do time, em substituição a Pagão, outro grande craque do time da Vila Belmiro.
Foi o companheiro ideal de Pelé. Diz a lenda que Coutinho passou a usar uma faixa branca no punho direito para se diferenciar do camisa 10 e ter também os elogios pelas lindas jogadas que realizava em campo. Para muitos, Coutinho tinha mais visão de jogo que Pelé na hora de finalizar, o que lhe valeu o apelido de “Gênio da pequena área”.
As tabelas Pelé-Coutinho ficaram marcadas, inclusive as de cabeça.
Pela Seleção Brasileira, Coutinho foi convocado para a Copa do Mundo do Chile, em 1962, mas não chegou a atuar por causa de uma lesão, deixando o protagonismo para Vavá e Amarildo.
Uma de suas principais marcas foi ter enfrentado o Corinthians por 12 anos e jamais ter sido derrotado. Com tendência a engordar, sofreu com lesões e teve que encerrar a carreira precocemente, aos 30 anos. Ele ainda teve passagens por Vitória, Bangu e Atlas-MEX e se aposentou em 1973, no Saad.
.