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Galo volta ao Mineirão em busca do bi da Libertadores

Prefiro o Horto por motivos óbvios: ali o Atlético é quase imbatível e reverteu placares inimagináveis. O caldeirão foi palco de vitórias épicas contra argentinos e contra o Cruzeiro


postado em 06/03/2019 05:03


Hoje tem Galo no Mineirão e na Libertadores. O time alvinegro estreia contra o paraguaio Cerro Porteño. Foi justamente contra outro paraguaio, o Olimpia, que o alvinegro ganhou sua única Libertadores. Campanha fantástica no Independência, onde reverteu resultados improváveis, e finalíssima no Gigante da Pampulha, com emoção, gols perdidos pelo visitante e uma dramática disputa de penalidades. O Galo está de volta à Pampulha, com o torcedor prometendo lotar o estádio para levar sua equipe a uma grande vitória. No aspecto futebol, prefiro o Horto por motivos óbvios: ali naquele gramado o Atlético é quase imbatível e reverteu placares inimagináveis. O caldeirão foi palco de vitórias épicas contra argentinos e contra o próprio rival, Cruzeiro, na decisão da Copa do Brasil, em 2014, quando meteu 2 a 0 e liquidou a fatura. O jogo de volta, no Mineirão, serviu para consolidar a conquista inédita da taça. Aliás, por ter o Horto, o Atlético conseguiu dois títulos inéditos: Libertadores e Copa do Brasil.

O presidente Sérgio Sette Câmara prefere o Mineirão. É um direito dele querer faturar mais, com quase o triplo de torcedores, e entende que seu time tem que voltar a se agigantar, atuando num estádio grande. Em pesquisa feita com a torcida, ela também prefere o Gigante da Pampulha. Independentemente de estádio, o importante é o Galo saber que a vitória na estreia é fundamental para suas pretensões na competição. Teoricamente, o grupo é fraco, com Cerro Porteño, Zamora e Nacional, do Uruguai, mas nesse tipo de competição nunca é fácil vencer. E no futebol de hoje, limitado e tecnicamente na lama, qualquer equipe bem organizada, que jogue com os 11 atrás da linha da bola, complica para os grandes. Espero que o Atlético não passe sufoco e que defina sua vitória logo nos primeiros minutos. Os jogadores treinaram no Mineirão para se readaptar ao gramado. Já que mandará seus três jogos da fase de grupos naquele local, quanto mais estiver inteirado da situação, melhor.

O Atlético tem carências sérias nas laterais: Patric, muito esforçado, que tem raça e muita disposição, não passa disso. Erra a maioria dos cruzamentos e ainda se complica lá atrás. Fábio Santos é outro que vive levando bola nas costas e é ineficiente no ataque. Fico impressionado como os grandes clubes não conseguem revelar laterais de qualidade! No meio-campo, Elias está buscando sua melhor forma. Não sei se Levir vai jogar com três volantes. Eu não jogaria. Poria meu time pra frente, em busca de um grande resultado. Para isso, vai depender muito de Cazares. Se estiver num grande dia, a coisa vai funcionar. É um dos jogadores mais inteligentes no cenário atual do futebol brasileiro. Porém, parece que ele mesmo não acredita em si. Tem qualidade nos lançamentos, na batida na bola, no drible, no gol. Chuta como poucos, mas falta-lhe mais vontade para vestir a camisa alvinegra. Na frente, quando a bola chega, Ricardo Oliveira tem conferido. Na última partida, porém, em que o Defensor jogou fechado, não teve nenhuma oportunidade. Preocupa-me sua solidão, pois não tem um parceiro com quem tabelar.

Entretanto, com os defeitos citados, não vejo o Galo tão distante de seus pares, já que o futebol por essas bandas agoniza. Que o Atlético transforme o Mineirão em seu novo caldeirão. Se é ali que vai jogar, que o faça com a garra e a qualidade que o torcedor exige. Dizem que “se não for sofrido, não é Galo”, mas bem que o alvinegro poderia pular essa parte e fazer um grande resultado na estreia. Não sei se o Cerro atual é falsificado, como a maioria dos produtos paraguaios. Porém, com o futebol tão nivelado – e por baixo –, fica difícil a gente apostar em grande vitória ou goleada. E da cabeça de treinador a gente nunca sabe o que pode vir. Já disse o que penso sobre Levir Culpi: é um técnico que sabe ajeitar as equipes, mas elas nunca jogam bonito. E, na hora de substituir, não sinto firmeza nele. Eu o vejo confuso. É um técnico que está há mais de 30 anos na estrada e que ganhou dois títulos importantes: uma Copa do Brasil com o Cruzeiro, em 1996, e outra com o Galo, em 2014. Tomara que seja o ano de ganhar uma Libertadores. O Atlético quer voltar a dominar a América do Sul, mas para isso terá de mudar da água para o vinho. Com o futebol praticado até aqui, fica difícil acreditar em conquista.

Cruzeiro
O time azul estreia amanhã contra o Huracán, na Argentina, como um dos favoritos ao título, que já conquistou em 1976 e 1997. Foi vice-campeão outras duas vezes: 1977 e 2009. O Cruzeiro tem uma equipe forte, qualificada, mas um técnico que também joga feio e na retranca. E não achem que o Huracán, por não ser das melhores equipes da argentina, será um adversário fácil. Mesmo não vivendo grande momento, é um time argentino e a gente sabe a garra que os Hermanos têm. O grupo do Cruzeiro também não é nenhuma pedreira, mas estrear com vitória, e fora de casa, vai mostrar o cartão de visitas de uma das melhores equipes do futebol brasileiro, séria candidata ao troféu. Se vai ganhar ou não é outra história, mas que tem todas as condições, disso eu não duvido. A torcida está em lua de mel com a equipe, desde o hexa da Copa do Brasil. Que continue assim na Libertadores. Particularmente, torço por uma decisão, caso seja possível, entre Cruzeiro e Galo em Santiago do Chile. Sonhar, como diria o samba da Beija-Flor, não custa nada. E eu, como pisciano, sou um sonhador nato.

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